Jô Soares, morto aos 84 anos, nesta sexta-feira, publicou uma série de charges nesta Folha em que criticou a política brasileira e discutiu, com humor, figuras como Lula, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney.
Sua primeira charge publicada neste jornal foi em 21 de abril de 1985. Acompanhava a coluna "Censura-Padrão". Os dois personagens, que sempre apareciam, discutiam FHC, então senador e candidato ao governo de São Paulo.
Mesmo com o encerramento da publicação de charges, Jô Soares continuou a discutir a política brasileira. Desde a chegada de Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto, ele também escreveu neste jornal uma série de cartas abertas endereçadas ao presidente.
A morte de José Eugênio Soares foi confirmada por sua ex-mulher, Flavia Pedras Soares, nas redes sociais. Ele estava internado no hospital Sírio Libanês, em São Paulo. A causa da morte não foi informada e o funeral, em local não divulgado, será apenas para familiares e amigos.
Reveja abaixo charges do humorista publicadas nesta Folha.
Leia mais sobre Jô Soares
-
Morre Jô Soares, artista e humorista que marcou a cultura do país, aos 84
-
Análise: Jô Soares foi um exibido assumido, um diplomata em pleno showbusiness
-
Análise: Jô Soares, gênio da TV, ensinou ao brasileiro o que é um talk show
-
Análise: Jô Soares ridicularizava o Brasil real com Capitão Gay, General e Reizinho
-
Opinião: Jô Soares falava demais, e era isso que fazia seu programa valer a pena
-
Análise: Jô Soares e Capitão Gay peitaram a homofobia muito antes da Marvel
-
Opinião: Jô Soares era elegante e transmitia grandiosidade em todo tipo de contato
-
Jô Soares ensaiava sua despedida do teatro dias antes de morrer
-
Jô Soares escrevia livro sobre assassinatos em prédio de São Paulo antes de morrer
-
Jô Soares ensinou a Bolsonaro o que era nazismo em cartas abertas; releia
-
Jô Soares atacou Bolsonaro em entrevista sobre tortura, pena de morte e censura
-
Jô Soares criticou política brasileira com FHC, Lula e Sarney em charges; veja
-
O artista é um exibido e sem-vergonha, disse Jô Soares em entrevista inédita; leia
-
Análise: Jô Soares nasceu rico em berço de ouro, mas nunca foi esnobe
-
Análise: Jô Soares subverteu a história com comédia em livros best-sellers
-
Jô Soares, apaixonado por jazz, também lançou discos de música, piadas e poesia
-
Relembre os bordões de Jô Soares, de 'beijo do gordo' a 'muy amigo'
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.