O novo governo de ultradireita da Itália sinalizou nesta segunda-feira que vai reprimir raves que não tenham permissão para acontecer, podendo penalizar os organizadores das festas com até seis anos de prisão.
O alerta veio depois de uma festa de Halloween no fim de semana em um armazém abandonado perto da cidade de Modena, no norte do país, que atraiu mais de mil pessoas, entre locais e estrangeiros, e gerou reclamações de barulho e tráfego na área.
"Mostramos que o Estado não vai fechar os olhos e deixar de agir quando confrontado com a violação da lei", disse a primeira-ministra Giorgia Meloni em entrevista coletiva, acrescentando que a Itália precisa apertar as regras para se alinhar com os vizinhos europeus.
Meloni, que acaba de assumir prometendo um governo rígido com a lei, mencionou uma rave maior no ano passado na cidade de Viterbo, na qual duas mortes foram registradas e uma área de beleza natural foi danificada.
De acordo com propostas acordadas por seu governo, aqueles por trás de tais festas poderão enfrentar entre três e seis anos de prisão, ter o equipamento usado nas raves confiscado e receber uma multa de até € 10 mil.
A nova penalidade se aplicaria a reuniões não autorizadas de pelo menos 50 pessoas que representem um risco à saúde, segurança ou ordem pública, disse o ministro do Interior, Matteo Piantedosi.
A festa em Modena, que estava programada para acontecer até esta terça, terminou pacificamente na segunda, na hora do almoço, quando os frequentadores concordaram, com a polícia que estava no local, desligar a música e ir para casa.
"Feliz Halloween para todos, menos para aqueles de metade da Europa que vieram para causar o caos em Modena, na Itália, com uma festa rave ilegal", disse no Twitter Matteo Salvini, líder do partido de ultradireita Liga. A sigla faz parte da coalizão de Meloni no governo.
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