Conheça William Turner, que pintou a brevidade da vida e o espetáculo da natureza

Novo volume da Coleção Folha Grandes Pintores apresenta inglês que era fascinado pelas marinas e as paisagens

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São Paulo

William Turner queria competir com seus mestres e, para isso, conseguiu filtrar em sua obra as grandes correntes do século, do classicismo ao romantismo. Em "A Exaltação da Luz", 30º volume da Coleção Folha Grandes Pintores, é possível ver como ele apreende a brevidade da vida, retratando a paisagem a partir de momentos passageiros.

"Tempestade de Neve - Barco a Vapor na Boca de um Porto", de William Turner - Reprodução

Nascido em Londres, onde passou a maior parte de seu tempo, Turner era também um viajante, tendo visitado quase todos os portos da Inglaterra –das suas temporadas em Sussex e Devon, ele costumava trazer aquarelas que se transformavam em pinturas.

Fascinado pelas marinas, o artista adorava retratar a forma como o mar se transformava com o mau tempo. Nas cenas que retratou, não são poucos os céus tormentosos e os mares agitados, com cores que se fundem até a dissolução das formas.

Pintar paisagens, para Turner, não era necessariamente reproduzir a realidade e, por isso, ele fazia uso não só da observação como da imaginação. Um bom exemplo dessa prática é "O Portão do Reno, Colônia", de 1817, quando, ao retratar a igreja de São Martinho, o pintor decide mostrá-la emergindo diante de uma profusão de velas içadas à beira do rio.

Ainda que o artista tenha se dedicado ao registro quase instantâneo do efeito de cor ou da atmosfera, algo que se tornaria a marca dos impressionistas décadas depois, Turner não anuncia diretamente o movimento e tampouco pode ser considerado como um precursor da abstração, já que não chegou a formular nenhuma teoria nesse sentido.

Mesmo assim, ao pintar o ofuscamento e a dissolução dos contornos da paisagem, enfatizando a luz e as sombras, ele consegue representar a natureza de um modo que nenhum artista havia feito antes.

Sua grande inovação está no uso da cor para recuperar a luz. Em suas telas, o amarelo era utilizado sem restrições para pintar o céu, as nuvens e o Sol.

O fascínio que tinha por essa cor chegou, inclusive, a render aos críticos a piada de que ele sofria de "febre amarela". Turner chegou a dizer que não pintava para ser entendido, mas simplesmente para mostrar como são os espetáculos da natureza.


COMO COMPRAR

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Telefone: (11) 3224-3090 (Grande São Paulo) e 0800 775 8080 (outras localidades)

Frete grátis SP, RJ, MG e PR (na compra da coleção completa)

Nas bancas por R$ 22,90 o volume

Coleção completa: R$ 687; lote avulso (com seis volumes): R$ 134,70

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