Glória Maria tem missa de sétimo dia em Lisboa com autoridades e amigos

Jornalista morta na última quinta-feira foi relembrada em cerimônia conduzida por padre Omar, que batizou suas filhas

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São Paulo

A jornalista Glória Maria, morta na última quinta-feira, teve uma missa de sétimo celebrada em Lisboa, na capela da Embaixada do Brasil na capital portuguesa.

Glória Maria
Nome histórico do jornalismo da Globo, Glória Maria morreu na última quinta-feira - Divulgação/TV Globo

A informação foi compartilhada pela atriz Marina Ruy Barbosa, que esteve no velório da repórter no Rio de Janeiro, em referência a uma publicação de padre Omar, que conduziu a cerimônia. "Estou aí com o meu coração", escreveu a atriz, que não foi presencialmente ao evento.

A missa ocorreu às 10h no horário de Lisboa, isto é, às 7h no horário de Brasília e, segundo o padre, teve a presença do embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva, e de amigos da jornalista. Padre Omar também foi responsável pelo batismo das filhas adotivas de Glória, Laura e Maria.

Glória Maria foi velada e cremada no Cemitério da Penitência, no Caju, na zona portuária do Rio, na última sexta-feira, numa cerimônia que reuniu amigos e familiares, como a socialite Narcisa Tamborindeguy, Roberto Marinho Neto, herdeiro da Globo, Pedro Bial e Maju Coutinho.

Ao longo de mais de cinco décadas de carreira, Glória se notabilizou por ter sido pioneira em diversos momentos. Foi a primeira repórter a aparecer ao vivo e a cores na TV brasileira, ainda na década de 1970, e a primeira a participar de uma transmissão em HD, em 2007.

Foi ainda a primeira a usar a Lei Afonso Arinos, contra a discriminação racial. Ela precisou acionar a Justiça porque foi barrada em um hotel por ser negra.

A luta contra o racismo se tornou parte de sua biografia. Repórter negra em uma época de pouca diversidade na televisão, ela chegou a sofrer racismo até do presidente da República, quando o general Figueiredo disse que não queria perto dele a "neguinha da Globo."

Apesar de tudo isso, Glória sempre se manteve firme em seu propósito de levar informação aos brasileiros. Ela é considerada uma das responsáveis por revolucionar o jornalismo ao se colocar como personagem de suas reportagens. Isso em um período em que repórteres buscavam não se envolver com as histórias que contavam.

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