Festival Turá destaca samba e funk com Zeca Pagodinho, Maria Rita e MC Hariel

Unindo millennials e a geração Z, primeiro dia do evento no parque Ibirapuera teve ainda show de Lucas Mamede

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Isabela Yu
São Paulo

Com um ano de atraso, Zeca Pagodinho subiu ao palco do festival Turá no fim da tarde deste sábado, 24. O artista estava confirmado na primeira edição do evento no ano passado, mas pegou Covid pela segunda vez e foi substituído por Paulinho da Viola.

Ao encarar a plateia, o cantor brindou o público com um copo de cerveja na mão e disse que estava feliz com a casa cheia. Acompanhado de dez músicos, ele emendou sucessos como "Verdade", "Saudade louca", "Não Sou Mais Disso" e "Vai Vadiar".

Zeca Pagodinho durante show no festival Turá, no parque do Ibirapuera
Zeca Pagodinho durante show no festival Turá, no parque do Ibirapuera - Rubens Cavallari/Folhapress

Se Zeca parecia reticente no início do set, a partir da metade, de "Ogum" para frente, passando por "Maneiras" e "Samba pras Moças", ele estava em casa. Unindo millennials e gen Zs, ele conduziu o coro do público enquanto pausava para dar um gole, e encaminhava para o final com "Deixa a Vida me Levar".

No show anterior, MC Hariel, expoente do funk consciente, manteve o discurso afiado durante o set, que inclui músicas de diferentes fases da carreira e menções ao Corinthians e a memória de MC Kevin, morto em 2021. "Eu vim no Ibirapuera com o passeio da escola, hoje estou aqui cantando", disse logo no início.

Entre músicas como "Profecia" e "Maçã Verde", ele discursou sobre a importância do funk ocupar diferentes palcos. Emocionado, e com a mãe na plateia, contou que estava muito feliz de tocar no mesmo festival que Jorge Ben Jor, que encerra a noite de hoje. Por parte da família, Hariel descobriu a MPB e a bossa nova, mas já na adolescência se tornou funkeiro. Hoje em dia, o seu som transita entre o funk, o rap e o trap.

Outro nome que agradou a parcela mais jovem do público foi Lucas Mamede, responsável por abrir a programação. Aos 20 anos, o cantor e compositor lançou o primeiro disco em fevereiro, "Já ouviu falar de amor?". Com influência da MPB, a música pop do recifense mistura forró e samba em letras românticas. Em 2020, ele viralizou na internet com covers e chamou a atenção de Felipe Simas, empresário de Manu Gavassi e Anavitória.

Repetindo o formato da primeira edição, o Turá propõe encontros inéditos entre artistas. Foi o caso de Maria Rita, que apresentou o show "Samba de Maria", e contou com a participação de Sandra de Sá em três músicas. "Nem sabia que era um sonho meu cantar com a Sandra", disse a cantora. Além de "Olhos Coloridos", o repertório trouxe faixas como "Cara Valente" e "Tá Perdoado".

Ainda que a ideia do evento seja que o público circule pela área externa do Auditório, as filas para bebidas e banheiros são desanimadoras. No entanto, os preços salgados não desestimulam o consumo, especialmente porque há DJ sets entre os shows. Um drinque de uísque Jameson sai por R$ 30, já o chope Corona custa R$ 18.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.