Descrição de chapéu The Town

Barão Vermelho faz karaokê com hits no The Town e Samuel Rosa rouba a cena

Sucessos da banda funcionaram como homenagem a Cazuza, mas foram hits do Skank que esquentaram o público

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São Paulo

A voz de Cazuza brindando o "Brasil novo, uma rapaziada esperta" na primeira edição do Rock in Rio, em 1985, abriu o show do Barão Vermelho na estreia do The Town, irmão paulistano do festival carioca, na noite deste sábado.

Barão Vermelho se apresenta no palco The One, no The Town, com show ancorado em hits - Zanone Fraissat/Folhapress

Logo antes de o grupo subir ao palco, o telão exibiu uma sequência de imagens de entrevistas, apresentações e momentos da história de 42 anos da banda carioca.

Culminou nas palavras ditas pelo primeiro vocalista do Barão no fim do show do festival durante o auge do grupo e no dia em que Tancredo Neves foi eleito presidente do Brasil, marcando o fim da ditadura militar.

Foi essa mesma nostalgia que regeu toda a apresentação do Barão, que desde 2017 tem Rodrigo Suricato como vocalista, acompanhado dos membros fundadores Guto Goffi e Maurício Barros, e de Fernando Magalhães, que entrou para o grupo poucos anos depois de sua fundação.

No palco The One, o Barão fez um karaokê a céu aberto, tocando uma sequência de composições fundamentais para a história do rock brasileiro. Emendou "Bete Balanço", "O Tempo Não Para", "Exagerado" e "Por Você", além de tocar um cover de "Tente Outra Vez", de Raul Seixas.

Cazuza ganhou uma homenagem em "Codinome Beija-Flor", com muitas lanternas de celulares acesas, embora boa parte dos hits do grupo já fossem uma celebração natural ao artista, compositor da maioria das canções.

"A história do Barão Vermelho e sobretudo do rock nacional é uma história de resistência. Viva a história do rock cantado neste país", disse Suricato, antes de pedir uma salva de palmas para os dois fundadores da banda.

A mistura de Suricato com Goffi e Barros divide sentimentos. Embora seja um vocalista eficiente, a história do grupo foi calcada nas composições e figuras de seus principais vocalistas, Cazuza e Frejat.

O jeito de cantar do músico lembra o de Frejat, que não quis voltar para a banda após o fim de seu hiato, em 2017. Não ouvir as canções conhecidas na voz do cantor que ficou mais tempo à frente do grupo e nem ter sua figura no palco pode parecer estranho para fãs mais antigos e dá uma sensação de show de banda cover à apresentação.

Embora tenha celebrado as clássicas do Barão Vermelho, o momento mais marcante da apresentação foi quando Samuel Rosa, o líder do Skank, subiu ao palco para cantar dois sucessos da banda mineira, "Ainda Gosto Dela" e "Vou Deixar", aumentando mais ainda o nível de nostalgia do show.

Rosa, que disse que o Barão o moldou como músico, ficou até o fim da apresentação no palco e tocou músicas como "Puro Êxtase" e "Maior Abandonado". Eles fecharam a apresentação com "Pro Dia Nascer Feliz", a mesma música que encerrou a apresentação do Rock in Rio de 1985.

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