Artista brasileiro 'furta' peça do Museu Britânico para projeto de mestrado

Ele filmou furto e a devolução para incluir filmagem em exposição que acontecerá em Londres

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São Paulo

O artista brasileiro Ilê Sartuzi 'furtou' uma moeda histórica do Museu Britânico, em Londres e, logo depois, deixou o objeto na caixa de doações da instituição.

Ele filmou a cena e a devolução para incluir a filmagem em uma exposição que ele fará como projeto de mestrado na Goldsmiths, University of London.

Hollie Adams/Reuters
Fachada do Museu Britânico, em Londres - Hollie Adams/Reuters

Para o advogado do artista, as ações de Sartuzi não violam as políticas do museu contra o toque em objetos nem se enquadram na lei de roubo.

O incidente ocorreu em 18 de junho durante uma visita supervisionada por um guia voluntário. Na ocasião, Sartuzi furtou uma moeda de prata cunhada em 1645 em Newark, na Inglaterra.

Em seguida, ele a substituiu por uma réplica. O artista levou a moeda original para o andar inferior e a depositou em uma caixa de doação de troco.

Segundo o site ArtNews, o projeto levou mais de um ano para ser planejado. Três amigos de Sartuzi registraram a cena com uma câmera de mão.

Primeiro em 17 de junho, quando o artista foi flagrado por um guia voluntário e, novamente, no dia seguinte. Para evitar ser notado outra vez, Sartuzi raspou a barba.

"Este é um ato decepcionante que abusa de um serviço liderado por voluntários com o objetivo de dar aos visitantes a oportunidade de manusear itens reais e se envolver com a história", disse um porta-voz do museu. "Serviços como esse dependem de um nível básico de decência e confiança humana, e seria uma pena ter que rever a prestação desses serviços devido a ações como essa."

Não é a primeira vez que o museu enfrenta falhas de segurança. Em março deste ano, a instituição processou o ex-curador responsável pelo acervo de peças da Grécia e Roma antigas pelo roubo de 1800 artefatos da coleção.

Peter Higgs é acusado pelo museu de vender as antiguidades raríssimas online, em sites como o eBay. Muitos dos objetos eram de ouro e pedras semipreciosas, algumas das quais datam do século 15 a.C. Desde que o museu abriu o caso, apenas 350 artefatos foram recuperados.

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