Descrição de chapéu Festival de Veneza

'Dançar com alguém é ideal' para gravar cenas de sexo, diz ator Daniel Craig

O ator de 'Queer' descreve as coreografias de ensaio para gravações íntimas com o parceiro de cena, Drew Starkey

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Veneza (Itália) | AFP

Dançar com um ator é "a forma ideal de quebrar o gelo" na gravação de cenas de sexo, declarou nesta terça-feira (3) o ator Daniel Craig, protagonista do novo filme de Luca Guadagnino, "Queer", que contém cenas explícitas de um casal homossexual.

Apresentado nesta terça na competição do Festival de Veneza, a produção é baseada no conto homônimo do escritor americano William S. Burroughs (1914-1997), sobre a paixão entre dois expatriados dos Estados Unidos no México na década de 1950.

Daniel Craig em cena do filme 'Queer', de Luca Guadagnino
Daniel Craig em cena do filme 'Queer', de Luca Guadagnino - Divulgação

Daniel Craig, que acaba de encerrar seu período como James Bond após quase 15 anos, interpreta um americano rico que mora sozinho na Cidade do México, um alcoólatra e viciado em heroína, que procura avidamente por homens em bares.

Ele conhece um jovem (Drew Starkey) por quem se apaixona e o convence a acompanhá-lo em uma viagem pela América do Sul em busca de uma planta alucinógena, a ayahuasca.

"Há uma parte da coreografia no filme que é muito importante. Drew e eu passamos meses ensaiando antes de começar a filmar. Dançar com alguém durante meses é ideal para quebrar o gelo", declarou Craig em coletiva de imprensa.

"Não há nada de íntimo em filmar uma cena de sexo em um set de filmagem, a sala está cheia de gente olhando para você. Queríamos apenas fazer com que fosse o mais comovente, real e natural possível. Rimos muito", acrescentou.

Seu companheiro de cena, Drew Starkey ("A Outra Zoey" e "Hellraiser"), completou: "Rolar no chão com alguém, apenas dois dias depois de ele ter sido apresentado a você, é uma boa maneira de nos conhecermos melhor".

A obra foi censurada, na época, por seu estilo direto ao descrever as relações entre os protagonistas.

Considerado um dos pais da geração beat, Burroughs deu notoriedade a um estilo de escrita fraturado e visual, com romances como "Naked Lunch" (1959).

"Quando li o livro, era um menino solitário em Palermo", lembrou Guadagnino aos repórteres. "Fiquei fascinado: o romance, a ideia de aventura no amor... Queria ser fiel àquele menino, e queria que o público se perguntasse no final: quem é você quando está sozinho na cama?", acrescentou.

Guadagnino dirigiu filmes como "Me chame pelo seu nome" ou o recente "Rivais", com Zendaya.

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