Chegada do Magazine Luiza acirra concorrência em São Paulo
O Magazine Luiza, terceira maior rede varejista de eletrodomésticos e móveis do país, abriu as portas ontem das 44 lojas que deram início às atividades da rede na Grande São Paulo. As ofertas da semana de inauguração e a curiosidade pela novidade lotaram as lojas, acirrando a disputa com os concorrentes diretos, que, em alguns casos, ficavam a apenas metros de distância.
A rede deve divulgar hoje um balanço das vendas no primeiro dia. Por meio da assessoria de imprensa, a líder no segmento, Casas Bahia, informou que não vai comentar a chegada do Magazine Luiza à Grande São Paulo, mesma posição adotada pelo Ponto Frio.
A dona-de-casa Tereza Dias Viana, 48 anos, chegou por volta das 8h de ontem à loja que foi inaugurada às 10h em Pinheiros (zona oeste da capital paulista), com direito a laço vermelho, contagem regressiva e distribuição de flores. Com a cunhada, comprou seis panelas de pressão. "Já sabia que estavam em promoção porque tinha visto na TV."
No Tatuapé, na zona leste, o motorista Demiraldo Lima da Silva, 46 anos, aproveitou a saída do trabalho para passar na loja recém-inaugurada e comprar o DVD que vinha pesquisando há semanas. "Já sabia que iam abrir porque sempre passo por aqui."
Em Itaquera, também na zona leste, a pensionista Ana Gouveia Rufino, 58 anos, contou que havia mais de um mês aguardava a inauguração. À espera das ofertas, "não comprei mais nada". Ontem, saiu da loja com um ventilador e um ferro de passar roupas. "Tudo parcelado porque pobre não pode comprar à vista."
Para Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, a chegada de mais uma rede à Grande São Paulo é boa para o consumidor, mas o momento pelo qual passa a economia mundial exige cautela.
"Deve haver uma preocupação maior de quem concede crédito com a capacidade de pagamento dos seus clientes", comenta, enfatizando a perda do poder de compra das classes de renda mais baixa ao longo deste ano. O cartão de crédito da empresa, em parceria com o Unibanco, já responde por 26% das vendas.
Bráulio Borges, economista da LCA Consultores, prevê desaceleração da economia até o final de 2009 e considera que a estratégia da rede de chegar à Grande São Paulo neste momento é uma aposta no longo prazo.
"Assim, quando a economia começar a se acelerar, eles já estarão com o nome consolidado [nessa região]."
A projeção inicial era abrir 50 lojas para realizar o sonho da fundadora da rede, Luiza Trajano, mas houve problemas com as obras. Por isso, três unidades serão inauguradas até o próximo mês e mais cinco, totalizando 52, até o final deste ano. A previsão é que o faturamento de 2008 alcance R$ 3,4 bilhões, com alta de 32% sobre 2007.
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