Bloqueio de carne brasileira após vaca louca é 'oportunista', diz produtor
Alvos do exterior desde a identificação do agente causador da doença da vaca louca no Estado, produtores de carne bovina do Paraná acusam de "oportunismo" os sete países que fizeram restrições ao produto e temem nova "falsa febre aftosa de 2005".
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"É parecido. De novo, uma notícia ruim", diz o presidente da Sociedade Rural do Paraná, Moacir Sgarioni.
Na época, uma suspeita de febre aftosa foi anunciada no Estado pelo Ministério da Agricultura. Após um ano, laudos feitos em animais abatidos descartaram a doença -o governo federal diz que o vírus circulou.
O alarde com a aftosa levou o exterior a bloquear a carne paranaense, o que causou um prejuízo bilionário ao Estado -R$ 1,2 bilhão, segundo o Sindicarne (Sindicato da Indústria de Carnes).
O episódio abalou ainda os produtores. Devido à suspeita, muitos sacrificaram seus bois. Depois, processaram a União por danos morais.
Cauteloso desta vez, o Estado ratifica não haver mal da vaca louca. O que houve foi a detecção do agente causador da doença em um animal que não a desenvolveu nem morreu por causa dela.
Escaldados pela experiência de 2005, quase nenhum produtor fala sobre o caso. "Quanto mais falar sobre notícia ruim, pior é", afirma um.
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