Centrais aceitam desistir de reatroativo em troca de reajuste no seguro-desemprego
Três dias após o pronunciamento da presidente Dilma Rousseff na televisão sobre a onda de protestos no Brasil, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, telefonou para dirigentes que representam as centrais sindicais no conselho do FAT para avisar que o teto do seguro-desemprego voltaria a subir.
"O governo voltou atrás, elevou o teto. Em troca, ele pediu que as centrais não colocassem na pauta da reunião prevista para o dia 25 de junho [e adiada para este mês] que a correção fosse retroativa a janeiro de 2013", disse Sérgio Luiz Leite, representante da Força Sindical no conselho.
Seguro-desemprego voltará a ter ganho real, diz ministro do Trabalho
A reunião do Codefat foi remarcada porque no dia 25 a presidente Dilma se reuniu com representantes das centrais sindicais.
Segundo sindicalistas ouvidos pela Folha, o governo alegou que o valor da diferença a receber nas parcelas do seguro-desemprego pagas no primeiro semestre (pela nova regra de reajustar parcelas pelo INPC, e não mais com base no aumento dado ao salário mínimo) não compensaria os gastos do trabalhador com transporte.
"O governo alega que a logística não compensaria o pagamento da diferença, que seria de R$ 7 a R$ 18 em cada parcela já paga no primeiro semestre. O fato é que sem pagar os valores retroativos o governo faz uma economia de R$ 350 milhões para cerca de 1 milhão de pessoas", afirmou Leite.
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