Governo argentino ameaça multar ou fechar loja que subir preço de produto
O governo argentino ameaçou multar e até fechar os estabelecimentos que aumentarem os preços por causa da alta do dólar no país.
O controle será maior nos supermercados em que vigora lista com 194 itens com preços congelados até março.
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Desde quinta-feira, quando o dólar sofreu a maior valorização em relação ao peso em 12 anos e chegou à casa dos 8 pesos, há remarcação de preços em várias lojas.
A associação de supermercados "chinos", os minimercados, informou que os preços subiram de 5% a 10%. Nas varejistas de eletrônicos houve aumentos de até 30%.
À tarde, o secretário de Comércio, Augusto Costa, reuniu-se com representantes das maiores cadeias de eletrodomésticos. Os empresários assumiram o compromisso de serem "responsáveis" e garantirem estoque, segundo informou a agência Télam.
Os aluguéis também sofrerão reajustes de até 30%, disseram donos das principais imobiliárias de Buenos Aires ao jornal "La Nación".
A Folha visitou ontem as principais lojas de eletrônicos no centro de Buenos Aires. Na Falabella, nenhum aparelho continha a etiqueta de preço. Um smartphone Samsung Galaxy S4, que custava 7.000 pesos há uma semana, ontem valia 10.000 pesos.
Na Musimundo, um laptop HP que custava 7.600 pesos na quinta é vendido por 9.084. Segundo um vendedor, o movimento aumentou.
"Foi melhor que o Natal. As pessoas estão com medo de que tudo suba mais", disse ele, que pediu anonimato.
Até os sorvetes do McDonald's tiveram aumento. O sundae de chocolate passou de 15 pesos para 18 pesos.
COMPRA DE DÓLAR
Na terça-feira, segundo dia da liberação da compra de dólar para investimento, já apelidado de "dólar ahorro", a cotação da moeda americana subiu 1 centavo, fechando a 8,02 pesos. E o paralelo, vendido no mercado negro, aumentou 35 centavos em comparação com a cotação da véspera: 12,50 pesos.
Na segunda, foi concluído apenas 0,2% das compras de dólar, de um total de 126.275 mil autorizações da Afip, a Receita Federal.
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