Site do governo permitirá consulta ao índice de solução de queixas
O site do governo para registro e solução de problemas dos consumidores permitirá a partir desta terça-feira (12) a consulta ao índice de solução de queixas das companhias participantes.
Lançado no final de junho, o portal www.consumidor.gov.br propõe-se a ser uma ferramenta alternativa de resolução de conflitos entre empresas e clientes.
"Agora, ao buscar a empresa para reclamar, ele vai poder verificar como ela vem se comportando. É um serviço para que as empresas demonstrem a efetividade de sua política de atendimento ao consumidor", afirma Juliana Pereira, secretária nacional do consumidor do Ministério da Justiça.
Segundo ela, a ferramenta poderá auxiliar o consumidor a decidir se irá comprar determinado produto ou serviço da empresa, já que sinalizará a qualidade do atendimento. Além do índice de solução, ele poderá acessar o índice de satisfação dos consumidores atendidos, o percentual de reclamações respondidas e o prazo médio de respostas.
O Consumidor.gov possui 127 empresas cadastradas. Elas firmaram um acordo com o governo, comprometendo-se a responder a todas as demandas registradas no site. Só é possível registrar reclamações para as empresas que aderiram.
O prazo de atendimento é de até dez dias úteis. Segundo o Ministério da Justiça, outras 52 empresas estão em fase de credenciamento.
A adesão por parte dos consumidores ainda é tímida. Até o momento, foram 18.549 usuários cadastrados e 9.552 reclamações registradas. Para Pereira, diante do pouco tempo de publicidade da plataforma, o desempenho é satisfatório.
Por enquanto, o acesso ao site está autorizado para consumidores do Distrito Federal e 15 Estados (Acre, Alagoas, Amazonas, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rondônia, Rio de Janeiro e São Paulo). A meta do governo é que até setembro o serviço esteja disponível para todo o país.
PROCON VIRTUAL
A ideia do Ministério da Justiça é transformar o site numa espécie de Procon virtual. A plataforma não possuíra, contudo, o poder de polícia da instituição.
"O consumidor só quer uma coisa: resolver o problema. Quando começa a demora, o 'gerundismo', ai ele quer processar", diz Pereira. "Se de um lado não há imposição de multa, de outro há um incentivo a solução amigável da demanda".
Segundo ela, quase 90% dos usuários que buscaram o site até agora já haviam procurado a empresa antes. E quase metade deles acessou a plataforma para queixar-se das empresas de telecomunicações.
Os serviços do portal vêm sendo lançados aos poucos. A próxima etapa prevê a comparação das empresas, facilitando a análise por parte do consumidor.
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