Em viagem ao Japão, Dilma deve tratar de embargo à carne bovina
A presidente Dilma Rousseff deverá tratar do embargo japonês à carne bovina durante visita que fará ao país no início de dezembro. "Esse é um tema que está sobre a mesa", afirmou nesta terça-feira (21) o embaixador José Alfredo Graça Lima, subsecretário do Itamaraty para a Ásia.
"A ideia é ampliar o comércio, sobretudo das exportações brasileiras, muito concentrada hoje em produtos básicos. Estamos sempre na expectativa de que o Japão possa suspender restrições sanitárias", completou o diplomata. No roteiro da viagem, está prevista ainda visita ao Vietnã, onde serão assinadas parcerias em áreas de agricultura, educação e cooperação técnica.
A partir de hoje, o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) inicia um giro pela Ásia, com ênfase na pauta econômica –ao assumir o cargo, no início do ano, ele cobrou uma "diplomacia de resultados" dos servidores da pasta.
Ele terá encontros com autoridades em Cingapura, Timor Leste, Vietnã e Japão. Em agenda com ministros de Cingapura, a intenção é assinar acordo de facilitação de investimentos –o país é 4º maior investidor asiático no Brasil, atrás de Japão, China e Coreia do Sul. O intercâmbio comercial entre os países é da ordem de US$ 4,1 bilhões.
Em Timor Leste, Vieira participa de reunião da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e no Vietnã, a intenção é tratar da viagem da presidente ao país, no fim do ano. O aumento das relações comerciais deve ser abordado: entre 2013 e 2014, houve aumento de 36% na corrente de comércio.
"Serão analisadas novas oportunidades de comércio, diversificação da pauta exportadora brasileira e iniciativas de cooperação técnica prestada pelo Brasil", afirma o Itamaraty.
120 ANOS
A visita ao Japão terá ainda caráter simbólico: em 2015, se comemoram os 120 anos de relações diplomáticas entre os países. Em novembro, antes da visita de Dilma ao país, está prevista a vinda do príncipe Akishino, segundo na linha de sucessão.
"Em se tratando de Ásia, a parceria com o Brasil é especialmente [nos setores] econômico e comercial, como é o caso da nossa participação nos Brics. São todos instrumentos de diplomacia, de política externa, que você utiliza para que o comércio e os investimentos contribuam de maneira mais decisiva para seu próprio desenvolvimento", resumiu o embaixador Graça Lima.
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