WhatsApp é 'pirataria pura', afirma presidente da Vivo
Justin Sullivan/Getty Images/AFP | ||
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Além de troca de mensagens, Whatsapp também permite chamadas telefônicas via internet |
O presidente da Vivo, Amos Genish, declarou guerra contra o WhatsApp, aplicativo de troca de mensagens que também permite chamadas telefônicas via internet.
À frente da maior operadora do país, Genish afirmou em um evento do setor de TV paga que o aplicativo é "pirataria pura" e que só funciona dessa forma no país devido à falta de regras regulatórias, fiscais e jurídicas.
"Não tenho nada contra o WhatsApp, que é uma ferramenta muito boa, mas precisamos criar regras iguais para o mesmo jogo", disse.
"O fato de existir uma operadora sem licença no Brasil é um problema", afirmou, em referência ao serviço de voz do aplicativo.
Para Genish, o WhatsApp estaria funcionando, na prática, como uma operadora de telefonia. As teles tradicionais, como Vivo, Claro, TIM e Oi, precisam de licenças e autorizações para prestar serviços no país e são reguladas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
Karime Xavier/Folhapress | ||
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O presidente da Vivo, Amos Genish, que descartou fazer parceria com o WhatsApp |
O presidente da Vivo também criticou outros aplicativos disponíveis no mercado como o iMessenger, da Apple, que funciona de forma semelhante ao WhatsApp. "Usam os nossos números [de telefone] para mandar mensagem grátis", disse.
Genish descartou qualquer parceria com o WhatsApp. "Nunca vai acontecer", disse. "Não combina com a gente e espero que outras operadoras acordem para não cooperar com uma empresa que viola as leis brasileiras."
Hoje, só a TIM mantém um acordo com o WhatsApp.
Procurado, o WhatsApp, que não tem assessoria no Brasil, não foi localizado.
ANTECEDENTES
A relação das teles com os produtores de conteúdo sempre foi conflituosa, mas a situação piorou quando eles passaram a prestar serviços, via internet, que são oferecidos pela telefonia tradicional, como as chamadas telefônicas –WhatsApp– e a troca de torpedos –Facebook.
Os conflitos começaram a partir de 2008. Naquele momento, o consumo de dados, principalmente vídeos assistidos em sites como YouTube, do Google, explodiu.
Para suportar o tráfego, as teles são obrigadas a investir mais no aumento da capacidade de processamento de suas redes, o que compromete o retorno aos acionistas.
Por isso, acusam os aplicativos e empresas como Google, Apple, Netflix e outros desenvolvedores de conteúdo de faturar à sua custa, já que os conteúdos "rodam" na rede de dados de cada operadora.
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