Crescimento do PIB americano é revisado para 1,1% no 2º trimestre
Saul Loeb/AFP | ||
Presidente americano, Barack Obama: economia dos EUA cresceu 1,1% no segundo trimestre |
O crescimento da economia americana foi revisado de 1,2% para 1,1% no segundo trimestre, de acordo com dados do Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgados nesta sexta-feira (26).
O PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre também foi revisto para baixo, passando para 0,8%.
O aumento do PIB no segundo trimestre reflete principalmente a melhora no consumo das famílias americanas e também o crescimento das exportações. Os dados foram ofuscados pela queda nos estoques das empresas, piora nos investimentos privados nacionais e estrangeiros e também pelos fracos gastos de governos locais e estaduais.
A revisão também refletiu mais importações do que o estimado anteriormente.
O indicador ainda sofrerá uma segunda e última revisão, que será anunciada em 29 de setembro.
PIB dos EUA - Variação trimestral
A revisão do crescimento do PIB no segundo trimestre ficou alinhada com as expectativas dos economistas. A economia tem lutado para recuperar o impulso desde que a produção começou a desacelerar nos últimos seis meses de 2015, o que a coloca em risco de estagnação.
Embora os dados até agora para o terceiro trimestre tenham sido mistos, o mercado de trabalho forte deve continuar dando suporte aos gastos dos consumidores e ao crescimento nos próximos trimestres. A produção também deve receber impulso, com as empresas reabastecendo os estoques após liquidá-los no segundo trimestre.
Os gastos dos consumidores foram revisados para cima para a taxa de 4,4% —a mais rápida desde o quarto trimestre de 2014. As importações foram revisadas para crescimento de 0,3%, em vez de diminuir à taxa de 0,4%. As exportações subiram de 1,2%.
A incerteza em torno da recuperação da economia americana fez o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) manter a taxa de juros na faixa entre 0,25% e 0,50% em julho.
Embora autoridades do Fed tenham dito que continuam a monitorar de perto os dados de inflação e os acontecimentos econômicos e financeiros globais, indicaram menos preocupação com possíveis choques que possam tirar a economia norte-americana dos trilhos.
A desaceleração econômica global, a volatilidade nos mercados financeiros e a incerteza sobre o impacto do referendo em junho que decidiu pela saída do Reino Unido da União Europeia forçaram repetidamente o Fed a postergar outro aumento de juros.
Com Reuters
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