O Postalis é o quarto maior fundo de pensão do país. De acordo a Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), tem 136 mil participantes, entre ativos, aposentados e pensionistas.
Foi criado em 1981 para garantir aos empregados dos Correios benefícios previdenciários complementares aos da Previdência oficial. Os recursos são provenientes das contribuições dos empregados e dos Correios, que é a empresa também é patrocinadora do fundo.
No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou prejuízo de mais de R$ 1 bilhão na Postalis.
Os desvios identificados foram causados por operações financeiras envolvendo diversos fundos de investimentos. O maior deles foi com o Fundo de Investimentos em Cotas Serengeti, que resultou em prejuízo de R$ 454,5 milhões.
O relator do processo no TCU, ministro Vital do Rêgo, afirmou que os prejuízos demonstram descaso e intenção delituosa dos gestores. "No fim das contas, quem assumirá efetivamente esses prejuízos são os quase 115 mil funcionários dos Correios, que deverão promover novos aportes mensais a seus planos de previdência", disse ele.
O fundo já foi alvo de diversas operações da PF. Em 2015, a operação Positus apurou desvios de até 180 milhões. Em 2016, foi investigado na operação Greenfield, junto com os três maiores fundos: Previ, Petros e Funcef. Foi alvo ainda de investigação na CPI dos fundos de pensão em 2015.
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