Postalis é o 4º fundo de pensão do pais

Nos últimos anos foi alvo de várias investigações

Agentes da Polícia Federal fazem buscas no Edifício Residências Giacomo Puccini,  na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, durante Operação Pausare
Agentes da Polícia Federal fazem buscas no Edifício Residências Giacomo Puccini, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, durante Operação Pausare - Alessandro Buzas/Futura Press/Folhapress
Daniel Camargos
São Paulo

O Postalis é o quarto maior fundo de pensão do país. De acordo a Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar), tem 136 mil participantes, entre ativos, aposentados e pensionistas.

Foi criado em 1981 para garantir aos empregados dos Correios benefícios previdenciários complementares aos da Previdência oficial. Os recursos são provenientes das contribuições dos empregados e dos Correios, que é a empresa também é patrocinadora do fundo.

No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou prejuízo de mais de R$ 1 bilhão na Postalis.

Os desvios identificados foram causados por operações financeiras envolvendo diversos fundos de investimentos. O maior deles foi com o Fundo de Investimentos em Cotas Serengeti, que resultou em prejuízo de R$ 454,5 milhões.

O relator do processo no TCU, ministro Vital do Rêgo, afirmou que os prejuízos demonstram descaso e intenção delituosa dos gestores. "No fim das contas, quem assumirá efetivamente esses prejuízos são os quase 115 mil funcionários dos Correios, que deverão promover novos aportes mensais a seus planos de previdência", disse ele.

O fundo já foi alvo de diversas operações da PF. Em 2015, a operação Positus apurou desvios de até 180 milhões. Em 2016, foi investigado na operação Greenfield, junto com os três maiores fundos: Previ, Petros e Funcef. Foi alvo ainda de investigação na CPI dos fundos de pensão em 2015.

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