São Paulo

Em busca de sustentabilidade financeira, empreendedores sociais têm apostado em parcerias público-privadas e modelos híbridos, nos quais um negócio com finalidade lucrativa dá suporte à filantropia.

Essas estratégias, contudo, ainda geram dúvidas jurídicas e desconfiança quanto à transparência. Os temas foram discutidos durante workshop no evento "Inovação Social: Desafios e Novos modelos", realizado pela Folha e Fundação Schwab, na segunda-feira (12).

"Um contador já me perguntou se eu estava querendo lavar dinheiro. Acho que falta informação. Os dois negócios atuam de maneira separada, mas complementar", disse Ralf Toenjes, fundador da Renovatio, que leva óculos de baixo custo e atendimento oftalmológico a partes pobres do país.

Essa também foi a solução encontrada pelo brasileiro Cláudio Sassaki ao criar a Geekie, que usa tecnologia para fornecer educação customizada. "Nós personalizamos o aprendizado de 10 milhões alunos. Se não conseguíssemos nos sustentar através do nosso negócio, teríamos limitações para crescer."

Foi anunciado ainda no encontro o projeto "O Brasil dos Empreendedores Sociais", capitaneado pela Folha para marcar os 15 anos do Prêmio Empreendedor Social, que serão comemorados em 2019.

"A ideia é fazer um projeto multimídia que vai envolver longa-metragem, livro, exposição de fotos, além de uma série de atividades como o encontro de hoje para discutir o empreendedorismo social no país", afirmou Maria Cristina Frias, editora da coluna Mercado Aberto da Folha.

Tópicos relacionados

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.