Crescimento está de volta no Brasil, diz diretora do FMI

Christine Lagarde pediu precaução na forma como o gasto público é executado no Brasil

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde - Saul Loeb/AFP
Estelita Hass Carazzai
Washington

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, comentou nesta quinta-feira (19) o que chamou de “a volta do crescimento no Brasil”, e o atribuiu às reformas feitas até aqui.

“O que nós finalmente estamos vendo no Brasil é uma retomada, é o crescimento de volta”, disse a diretora, em entrevista à imprensa durante encontro do FMI, em Washington.

Lagarde celebrou as reformas chave e estruturais feitas até aqui, mas afirmou que nem todas foram levadas a cabo. Ao longo da semana, relatórios do órgão expuseram a necessidade de uma reforma da previdência no Brasil, e destacaram o crescente endividamento público do governo.

“É hora de fazer uma consolidação fiscal inteligente, gradual, dada a situação fiscal e o peso da dívida”, disse Lagarde.

A diretora pediu precaução na forma como o gasto público está sendo executado no país, e sugeriu um equilíbrio entre o estímulo à economia e a construção de políticas para evitar colapsos fiscais num futuro próximo.

O FMI (Fundo Monetário Internacional) melhorou a previsão de crescimento do Brasil para 2018, confirmando a tendência de alta que vinha anunciando em suas revisões anteriores.

Segundo as novas estimativas, o PIB brasileiro deve avançar 2,3% no ano. A previsão em janeiro era a de que cresceria 1,9% em 2018. Em outubro, essa estimativa era de 1,5%.

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