Vale e Michel Temer lamentam morte de Eliezer Batista; confira repercussão

"Temos orgulho de dizer que fomos a sua principal obra", diz presidente da Vale

A empresa Vale e a Federação da Indústria do Rio de Janeiro lamentaram a morte do ex-ministro e ex-presidente da Vale Eliezer Batista, 94, confirmada na noite desta segunda-feira (18)

Eliezer era engenheiro e ocupou o ministério de Minas e Energia durante o governo João Goulart. No governo Fernando Collor de Mello, foi secretário de Assuntos Estratégicos. Também foi presidente da Vale em 1961 e 1979.

O presidente Michel Temer afirmou em nota que "o Brasil perdeu um de seus maiores engenheiros. Eliezer Batista foi um dos responsáveis pelo sucesso da Vale no mundo. Muito trabalhou pelo nosso país e sempre acreditou no Brasil”.

Em nota, a Vale do Rio Doce diz lamentar a morte do "primeiro empregado de carreira a ocupar o principal posto na empresa".

"Estamos consternados. Nosso maior engenheiro, o homem que teve a visão de preparar a Vale para ser a empresa que conhecemos hoje, se foi.  Eliezer Batista, que um dia recebeu a alcunha de 'Engenheiro do Brasil', bem que poderia ser conhecido por: 'o Construtor da Vale'. Sim, temos orgulho de dizer que fomos a sua principal obra, afirmou o diretor-presidente da Vale, Fabio Schvartsman.

Em nota, a empresa destacou que Batista foi responsável pela criação do Porto de Tubarão, no Espírito Santo, no período em que também foi Ministro de Minas e Energia, entre 1962 e 1964. "Em 1962, a Vale assinou os primeiros contratos de longo prazo com dez siderúrgicas japonesas, que previam o fornecimento de 50 milhões de toneladas de minério de ferro por um período de 15 anos. Em troca, os japoneses ajudaram a construir o Porto de Tubarão".

A mineradora também destaca o projeto Carajás de 1979, que foi orçado em US$ 4,2 bilhões. "Graças à organização e ao senso de responsabilidade pública dos envolvidos na empreitada, todas as obras previstas —mina, ferrovia e porto, além de todo o incremento nas áreas social e de infraestrutura—custaram US$ 2,8 bilhões. Ressalte-se, tudo entregue dentro dos prazos previstos."

O nome do engenheiro foi usado para batizar, em 2016, a primeira mina de ferro construída para operar sem caminhões: o Complexo S11D Eliezer Batista.

Também em nota, a Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) disse que "o Brasil e o Rio de Janeiro devem muito a Eliezer, um dos maiores brasileiros da história". Em 2016, Batista passou a integrar o Conselho de Eméritos da Federação, criado para debater grandes temas da indústria fluminense.  

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