Seminário projeta publicidade no futuro da mídia

Grupos Folha e Globo, e Google Brasil expõem estratégias para transformação digital

São Paulo

Num evento reunindo veículos, plataformas, agências e anunciantes, sobre O Futuro da Mídia, alguns dos principais grupos no país expuseram as estratégias que vêm perseguindo para manter e ampliar receita publicitária.

Na sede da KPMG Brasil, em São Paulo, o seminário foi aberto por André Coutinho, sócio da consultoria, com um chamado de aplausos para lembrar Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha por 34 anos e que morreu na terça-feira (21), vítima de câncer.

Cleusa Turra, diretora responsável pelo Estúdio Folha (área de conteúdos patrocinados do jornal), relatou o nascimento do projeto há três anos, para atender aos anunciantes. "O formato que Otavio determinou é de independência completa em relação à Redação", lembrou.

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Pedestres usam o celular na avenida Paulista - Danilo Verpa/Folhapress

O Estúdio Folha busca responder à transformação por que passa o próprio mercado. "O anúncio está dando lugar às marcas se manifestarem pelo conteúdo", disse Turra.

O diretor de Marketing e Mídias Digitais do Grupo Globo, Eduardo Schaeffer, se concentrou no acesso a dados dos consumidores como passo central na transformação. "Muita coisa terá de mudar, e uma delas é ter competência para gerir dados", disse.

O objetivo é atender à demanda dos anunciantes por campanha multiplataforma, do rádio à TV, com o digital servindo de "catalisador dessa união". Para tanto, "medir é o grande desafio", acrescenta, prometendo para o fim dos anos os primeiros resultados de estudo nessa direção.

De sua parte, o diretor de Agências do Google Brasil, Marco Bebiano, afirmou que hoje já se vive "o melhor momento do marketing", no qual a tecnologia digital "traz a eficiência de alcançar o consumidor na hora certa, com a mensagem certa". Ressaltou em seguida que "o uso da internet só vai aumentar".

Para David Laloum, presidente da agência Y&R, hoje "você não separa mais a essência da empresa e a sua comunicação". E o papel das agências mudou, com maior integração a anunciantes e veículos: "A gente cocria. A gente colabora muito mais".

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