Bolsonaro deve manter separação de Minas e Energia e Transportes

Equipe deve desistir de formar um 'superministério' de Infraestutura

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Brasília

Em reunião realizada na terça-feira (30), a equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), desenhou uma estrutura de governo com ao menos 15 ministérios. Pelo esboço, Minas e Energia e Transportes serão pastas distintas, deixando para trás o plano de criação de um superministério que uniria as áreas temas ligados a energia e transportes.

Pelo desenho discutido, a pasta de Transportes, que abarca Portos e Aviação Civil, seria renomeada para Infraestrutura. Ainda está em discussão a possibilidade de que ela abrigue também Comunicações, hoje vinculada à Ciência e Tecnologia.

A secretaria do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos), criada pelo presidente Michel Temer para cuidar de concessões e privatizações, deve ser ligada diretamente ao Palácio do Planalto.

Hoje, o PPI estava vinculado à Secretaria da Presidência. No governo Bolsonaro, estuda-se passar a estrutura a um vínculo direto à Presidência da República ou mesmo ao vice, general Hamilton Mourão.

As informações foram confirmadas à Folha pelo próprio general, que participou do encontro de terça ao lado de Bolsonaro, Paulo Guedes (futuro ministro da Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), e dos ex-dirigentes do PSL Gustavo Bebianno e Julian Lemos.

Temas ligados a infraestrutura e privatizações podem passar por alguns ajustes. A equipe de Guedes está trabalhando no detalhamento das atribuições das atividades das áreas.

Para reduzir quase à metade do número de pastas atuais, que são 29, os aliados do capitão reformado optaram por fusões em seis do modelo atual. A estrutura esboçada conta com ao menos 15 ministérios, mas Bolsonaro trabalha com um teto de 17.

Há indefinições em pelo menos três: Transparência e Controladoria-Geral da União; Secretaria-Geral e (AGU) Advocacia-Geral da União. Não há a criação de nenhuma nova pasta, mas algumas mudariam de nome, caso de Transportes.

O Banco Central, que deve ter autonomia formal, vai perder o status de ministério de acordo com o desenho em planejamento.

A área social, hoje abarcada em Desenvolvimento Social, seria unificada em um único ministério, que cuidaria também de Direitos Humanos, hoje uma pasta independente.

Educação deve ser fundida com Esportes e Cultura e a coordenação de ensino superior deve ser desmembrada da pasta para Ciência e Tecnologia, cujo ministro foi anunciado nesta quarta-feira (31) por Bolsonaro, o astronauta Marcos Pontes.

O Ministério de Integração Nacional deve ser fundido com outras duas pastas: Cidades e Turismo. 

Devem mantém a estrutura atual, seis dos 29 ministérios: Defesa, Saúde, Trabalho, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Minas e Energia e Relações Exteriores.


Confira a lista desenhada pela equipe de Bolsonaro:

1)      Casa Civil - Fusão com Secretaria de Governo
2)      Economia – Fusão de Fazenda, Planejamento e Indústria, Comércio Exterior e Serviços 
3)      Defesa
4)      Ciência e Tecnologia - Deve assumir Ensino Superior; Comunicações podem sair
5)      Saúde
6)      Educação  -  Fusão com Esportes e Cultura
7)      Trabalho
8)      Minas e Energia
9)      Justiça – Fusão com Segurança Pública
10)     Integração Nacional – Fusão com Cidades e Turismo
11)     Transportes – deve ser renomeada para Infraestrutura; pode somar Comunicações
12)     Gabinete de Segurança Institucional
13)     Social – Fusão de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos
14)     Relações Exteriores
15)     Agricultura e Meio Ambiente


Ainda não há definição sobre Secretaria-geral da Presidência; Transparência e Controladoria-Geral e Advocacia-Geral da União. 

**Banco Central perde status de Ministério por se tornar independente

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