O ministério de Agricultura da China reportou nesta quinta-feira (4) novos casos de peste suína africana na província de Yunnan, no Sudoeste do país.
O surto, encontrado em um grupo de dez fazendas de criação de porcos na cidade de Shangri-La, com 301 animais no total, matou 105 porcos, segundo informações no site da pasta.
A China já reportou mais de 100 surtos de febre suína africana desde o primeiro caso detectado, em agosto do ano passado. A doença é mortal para porcos, mas não afeta seres humanos.
Nesta quarta-feira, o presidente-executivo da BRF, Pedro Parente, disse que o Brasil está em condições de aumentar as exportações de carne suína para a China, onde um surto de febre suína africana se tornou um "evento transformacional" para a indústria global de carne.
Segundo Parente, o aumento dependerá de fábricas em outros estados brasileiros, que não Santa Catarina, conseguirem obter certificação. A BRF tem apenas uma unidade no Brasil autorizada a vender carne suína para a China, acrescentou.
O comércio global de carne suína totaliza cerca de 8 milhões de toneladas, com a China respondendo por cerca de 20%, disse.
Parente observou que a BRF poderia se beneficiar da crise de saúde vendendo mais carne suína para a China ou aumentando as exportações de outras proteínas para aquele país, especialmente de frango.
Segundo Parente, esta não é uma oportunidade imediata, porque muitos produtores chineses estão avançando no abate e aumentando a oferta a curto prazo.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.