O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, estima que o orçamento das Forças Armadas deve passar por um contingenciamento de cerca de 44% das despesas não obrigatórias.
Segundo a pasta, a expectativa foi apresentada ao comando militar pelo ministro, nesta terça-feira (7), durante reunião do Alto Comando das Forças Armadas, na capital federal.
O contingenciamento já estava previsto pelo governo Jair Bolsonaro (PSL), como mostrou a Folha em abril, e a reunião discutiu como executá-lo. O valor ainda pode ser revertido ao longo do ano.
No encontro, o ministro explicou que o bloqueio em projetos e investimentos não implicará ajustes no Ministério da Defesa. O percentual representa cerca de R$ 5,8 bilhões.
A expectativa da pasta é de que os recursos sejam descongelados até o final do ano. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, disse que o governo pretende reconstituir o orçamento contingenciado com a aprovação da reforma previdenciária.
"O fato de termos sido contingenciados está dentro de um contexto que a gestão pública entende que é possível neste momento para que, no futuro, com a aprovação da reforma, possa ser reacomodado o orçamento", disse.
No total, os bloqueios instituídos pela equipe econômica chegaram a cerca de R$ 34 bilhões e afetaram pastas como Educação, Infraestrutura, Minas e Energia e Economia.
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