Ações do Banco Inter disparam após investimento do Softbank

Banco japonês já investiu nas startups Gympass, Rappi e Creditas

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São Paulo | Reuters

As units (grupos de ações) do Banco Inter chegaram a subir mais de 20% nesta terça-feira (30), após o banco digital levantar R$ 1,25 bilhão em sua oferta primária de ações e atrair o japonês Softbank como acionista.

Fachada do Banco Inter
Ações do Banco Inter sobem mais de 20% nesta terça, após investimento do Softbank - Divulgação

O Banco Inter usará os recursos da oferta para expandir carteira de crédito, investir em tecnologia e fazer aquisições. As units da instituição financeira chegaram a subir 21,44%, a R$ 49, na abertura do pregão. Por volta das 14h10, os papéis são negociados a R$ 47,16, alta de 16,88%. O Ibovespa opera em queda de 0,38%.

"Existe no mercado um medo de os bancos tradicionais serem substituídos pelas fintechs, que entram no mercado reduzindo a margem de forma significativa", afirmou o gestor de portfólio Guilherme Foureaux,  

"O Softbank entrando na oferta do Banco Inter é uma chancela internacional importante a esse novo modelo. Os bancos locais vão precisar enfrentar esse desafio nos próximos anos. Será um grande teste de resiliência", acrescentou.

A chegada de um investidor experiente e com recursos fartos, como o Softbank, para a lista de acionistas do Banco Inter deve acelerar sua estratégia de crescimento. O Softbank adquiriu uma fatia superior a 5% do banco, segundo apurou a agência de notícias Reuters.

O Banco Inter é o primeiro investimento do Softbank em um banco na América Latina, mas já participa de pelo menos uma outra fintech na região, a plataforma de empréstimos brasileira, a Creditas.

O Banco Inter, que é controlado pela família Menin, ainda não divulgou os novos acionistas da instituição após a oferta.

O banco teria aceitado a oferta do SoftBank de entrar no seu capital uma vez que viu a oportunidade de desenvolver sua expertise com fintechs.

Os bancos brasileiros mostram alguns sinais de que estão começando a sentir a pressão das fintechs, principalmente nos negócios de processamento de cartões e gestão de ativos.

O maior banco privado do Brasil, o Itaú Unibanco, lançou um programa de desligamento voluntário na segunda e revelou que pode fechar até 400 filiais neste ano, já que está reduzindo os custos para enfrentar uma concorrência mais acirrada.

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