O presidente Jair Bolsonaro criou um gabinete ministerial para acompanhar as oscilações internacionais no preço do barril de petróleo.
A estrutura funcionará no Ministério de Minas e Energia e, segundo o porta-voz da Presidência da República, discutirá planos de ação para evitar que a turbulência mundial eleve o preço dos combustíveis no país.
"O governo federal instalou um gabinete de acompanhamento da situação para manter o presidente informado e para a discussão de planos de ação para conter eventuais consequências e os seus reflexos que possam impactar o nosso país", disse o general Otávio Rêgo Barros.
Em entrevista, Bolsonaro disse na segunda-feira (16) que a Petrobras irá segurar o reajuste no preço da gasolina e no diesel.
"Eu conversei agora pouco com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. Ele me disse que, como é algo atípico e a principio tem um fim para acabar, ele não deve mexer no preço do combustível", afirmou.
O presidente ressaltou que a tendência natural é de que o preço nas refinarias e bombas acompanhe as oscilações internacionais, mas que se trata de uma crise inesperada.
"A tendência natural é você seguir o preço internacional para refinaria e para bomba. O governo federal já zerou seu imposto, a Cide, e não podemos exigir nada dos governadores no tocante a ICMS", ressaltou.
A avaliação na Petrobras é que o mercado ainda está muito volátil e que é preciso entender para onde vão as cotações internacionais, que subiram 13% na segunda-feira (16).
Foi a maior alta diária desde o fim de 2008, em resposta a corte recorde na produção mundial após ataques a instalações petrolíferas na Arábia Saudita, que tirou do mercado uma capacidade equivalente a 5,7 milhões de barris por dia, ou 5% da oferta global.
A política de preços da companhia prevê acompanhar as cotações internacionais, com base em um conceito conhecido como paridade de importação —que simula quanto custaria para trazer combustíveis ao mercado interno.
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