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Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA chegam a 26 mi em cinco semanas por coronavírus

Segundo governo, mais 4,4 mi solicitaram o recurso na semana passada

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Washington | Reuters

Um recorde de 26 milhões de norte-americanos pediram auxílio-desemprego nas últimas cinco semanas, confirmando que todos os postos de trabalho criados durante o mais longo boom do emprego na história dos Estados Unidos foram eliminados em cerca de um mês, à medida que o novo coronavírus abala a economia.

O Departamento do Trabalho dos EUA disse nesta quinta-feira (23) que mais 4,427 milhões de pessoas solicitaram auxílio-desemprego pela primeira vez na semana passada, abaixo dos 5,237 milhões em dado revisado da semana anterior.

A expectativa entre economistas em uma pesquisa da agência Reuters era de que o pedidos recuariam para 4,2 milhões na semana passada, embora as estimativas tenham chegado a 5,5 milhões.

Os dados mais recentes elevam os pedidos de auxílio-desemprego acumulados para mais de 26 milhões desde a semana do dia 21 de março, representando cerca de 16% da força de trabalho. Os Estados Unidos criou 22 milhões de empregos durante o boom empregatício iniciado em setembro de 2010 e encerrado abruptamente em fevereiro deste ano.

O presidente norte-americano Donald Trump durante pronunciamento na Casa Branca em Washington - Al Drago - 19.abr.2020/Reuters

Embora os registros semanais de auxílio-desemprego permaneçam muito altos, os dados da semana passada marcaram o terceiro declínio semanal seguido, aumentando as esperanças de que o pior já passou. As reivindicações semanais parecem ter atingido o pico de 6,867 milhões na semana encerrada em 28 de março.

No entanto, o relatório soma-se a uma pilha crescente de dados econômicos cada vez mais sombrios. Também ocorre em meio a protestos crescentes contra isolamentos em todo o país para controlar a propagação do Covid-19.

O presidente Donald Trump, que está buscando um segundo mandato na Casa Branca, está ansioso para retomar a economia paralisada. Na quarta-feira, Trump parabenizou as medidas tomadas por estados liderados pelos republicanos para começar a reabrir suas economias, apesar das advertências de especialistas em saúde sobre um possível novo surto de infecções.

"A economia dos EUA está sangrando empregos em um ritmo e escala nunca antes registrados", disse Scott Anderson, economista-chefe do Bank of the West. "Ele se compara a um desastre natural em escala nacional."

O relatório de pedidos de auxílio-desemprego da semana passada cobriu o período em que o governo pesquisou estabelecimentos comerciais para o componente de criação de vagas fora do setor agrícola do relatório de emprego de abril. Os economistas projetam que 25 milhões de empregos foram perdidos em abril, depois que a economia eliminou 701.000 posições em março, o maior declínio em 11 anos.

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