Ataque a perfis de famosos no Twitter teve ajuda de funcionários da rede social

Empresa afirma que invasores manipularam empregados para conseguir acesso às contas

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Washington | AFP

Neste sábado (18), o Twitter reconheceu que os autores dos ataques a contas de celebridades e políticos contaram com a ajuda de funcionários da rede social.

Em nota publicada no blog da empresa, o Twitter afirma que os hackers "manipularam com sucesso um pequeno grupo de empregados e usaram suas credenciais para acessar sistemas internos".

A companhia disse que, no total, os invasores visaram 130 contas e conseguiram sequestrar 45.

Entre as contas hackeadas estavam a de líderes políticos, como o candidato presidencial democrata Joe Biden, o ex-presidente Barack Obama, mas também de grandes empresários, como Jeff Bezos, fundador da Amazon, Elon Musk, chefe da Tesla, ou ainda Bill Gates, fundador da Microsoft.

O ex-presidente Barack Obama em foto tirada em festival em Munique, na Alemanha, em 29 de setembro de 2019
O ex-presidente Barack Obama em foto tirada em festival em Munique, na Alemanha, em 29 de setembro de 2019 - Christof Stache/AFP

A partir das contas invadidas, os hackers mandaram mensagens incitando os inscritos a enviar bitcoins, uma criptomoeda, em troca do dobro do valor enviado.

De acordo com sites especializados que registram as movimentações em bitcoins (mas que não permitem que os destinatários sejam rastreados), foram enviados cerca de US$ 100 mil (R$ 535 mil).

O Twitter informou neste sábado que, para oito dessas contas, os invasores também baixaram dados que normalmente estão disponíveis apenas para o proprietário do perfil.

Nenhuma dessas contas era verificada, ou seja, dotada do "v" distintivo que aumenta sua credibilidade e concede certos privilégios aos usuários.

A empresa também disse que os hackers conseguiram atravessar a barreira da autenticação dupla, que normalmente possibilita proteger uma conta além de uma simples senha.

Essa ação, sobre a qual o FBI abriu uma investigação, desencadeou um debate sobre a segurança das plataformas sociais, alguns meses antes da eleição presidencial de novembro nos Estados Unidos.

Há ainda a preocupação com as consequências de uma possível invasão de hackers à conta de Donald Trump, que muitas vezes conduz sua diplomacia no Twitter, onde tem 83,5 milhões de inscritos.

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