PIB da zona do euro tem pior retração da história no 2º trimestre

Atividade econômica da região caiu 12,1% em relação aos três primeiros meses do ano

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Bruxelas | Reuters

A economia da zona do euro registrou a contração mais forte na história no segundo trimestre, mostraram estimativas preliminares nesta sexta-feira (31), com a inflação no bloco acelerando inesperadamente em julho.

Entre abril e junho, o PIB (Produto Interno Bruto) nos 19 países encolheu 12,1% na comparação com o trimestre anterior, informou a agência de estatísticas Eurostat em sua estimativa preliminar.

A queda mais forte do PIB desde que os registros começaram em 1995 aconteceu em meio às paralisações devido ao coronavírus que muitos países começaram a relaxar apenas a partir de maio.

Queda da atividade econômica aconteceu em meio às paralisações devido ao coronavírus que muitos países começaram a relaxar apenas a partir de maio
Gastos do consumidor e as exportações do bloco puxaram retomada da economia - Antonio Bronic/Reuters

A expectativa do mercado era de uma contração de 12,0%, e segue-se a um recuo do PIB de 3,6% no primeiro trimestre do ano.

Entre os países para os quais havia dados disponíveis, a Espanha registrou o pior resultado, com sua economia encolhendo 18,5% na base trimestral, apagando toda a recuperação da crise financeira dos últimos seis anos.

O PIB na Itália e França também caiu com força mas menos do que o esperado, respectivamente 12,4% e 13,8%. A Alemanha registrou contração de 10,1% no segundo trimestre.

Já a inflação deu continuidade a sua tendência de alta, contrariando expectativas de desaceleração e sustentando o cenário do Banco Central Europeu de que uma leitura negativa pode ser evitada.

A Eurostat informou que os preços ao consumidor no bloco avançaram 0,4% em julho sobre o ano anterior, de 0,3% em junho e 0,1% em maio. Economistas esperavam alta de 0,2% dos preços.

Apersar da retração na atividade econômica da região, as ações europeias subiam nesta sexta-feira (31), com as ações de tecnologia liderando a alta depois que os balanços de grandes nomes do setor acalmaram o sentimento em relação ao crescimento global em meio a crescentes casos de coronavírus.

Logo no inídio da manhã o índice FTSEEurofirst 300 subia 0,19%, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 ganhava 0,37%.

As ações de tecnologia saltavam 2,5% depois que Apple, Amazon e Facebook divulgaram seus resultados. As fornecedoras de chips da Apple, incluindo AMS, Dialog Semiconductor e STMicro ganhavam entre 2,3% e 3%.

Os balanços ajudavam a manter o sentimento estável depois que dados fracos sobre a atividade econômica dos EUA e da Alemanha e preocupações com a eleição presidencial norte-americana levaram o STOXX 600 a uma mínima de um mês na quinta-feira, destruindo grande parte dos ganhos de julho.

O Euro Stoxx 50, principal índice acionário europeu, marcava alta de 0,48%.

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