Descrição de chapéu juros copom

Fed deve subir juros 7 vezes em 2022, prevê Goldman após dados de inflação

Preços ao consumidor nos EUA subiram 7,5% na base anual em fevereiro, maior alta em 40 anos

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Alun John Vidya Ranganathan Lucia Mutikani
Hong Kong, Singapura e Washington

O Goldman Sachs disse prever sete altas de 25 pontos-base na taxa básica de juros dos Estados Unidos pelo Federal Reserve neste ano, acima das cinco estimadas anteriormente, atualizando sua previsão após os dados de inflação norte-americana de quinta-feira.

Os preços ao consumidor nos EUA subiram 7,5% no mês passado na base anual, acima das estimativas de economistas de 7,3% e o maior salto anual da inflação em 40 anos, aumentando ainda mais a pressão sobre o banco central do país para elevar os juros de forma mais agressiva.

Ryan Wang, economista do HSBC, disse que o banco agora espera que o Fed avance mais do que o previsto anteriormente, com um aumento de 50 pontos-base em março e quatro aumentos adicionais 25 pontos em 2022. De acordo com o HSBC, isso elevará os juros de 0-0,25% para 1,50-1,75%.

Logo do Goldman Sachs na Bolsa de Valores de Nova York - Andrew Kelly - 17.nov.2021/Reuters

"Isso equivaleria a 150 pontos-base em aumentos de juros neste ano, contra nossa previsão anterior de três aumentos de 25 pontos", disse Wang em nota.

O Deutsche Bank disse em nota diária aos mercados que seus economistas também elevaram sua aposta de alta de 50 pontos-base em março pelo Fed, além de mais cinco aumentos de 25 pontos em 2022, com altas em todas as reuniões, exceto na de novembro, totalizando 175 pontos-base em 2022.

Economistas do Deutsche "também destacam o risco crescente de uma recessão em 2023 ou 2024", segundo a nota.

Confiança do consumidor dos EUA cai a mínima em mais de 10 anos em fevereiro

A confiança do consumidor norte-americano caiu para seu nível mais baixo em mais de uma década no início de fevereiro, em meio a expectativas de que a inflação continuará subindo no curto prazo, mostrou uma pesquisa nesta sexta-feira (11).

A Universidade de Michigan informou que seu índice preliminar de confiança do consumidor caiu para 61,7 na primeira metade deste mês, menor patamar desde 2011, ante leitura final de 67,2 em janeiro.

Economistas consultados pela Reuters previam alta do índice para 67,5.

O indicador da pesquisa sobre as condições econômicas atuais caiu para 68,5, contra 72,0 em janeiro. A medida do índice para expectativas do consumidor recuou a 57,4, ante 64,1 em janeiro.

Na sondagem, a expectativa de inflação para um ano avançou a 5,0%, a maior leitura desde 2008, contra 4,9%, enquanto a perspectiva de inflação de cinco a dez anos ficou estável em 3,1%.

Na quinta-feira, o governo norte-americano informou que os preços ao consumidor registraram em janeiro seu maior aumento anual em 40 anos.

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