O Citigroup disse que tem quase US$ 10 bilhões em exposição à Rússia por meio de empréstimos, dívidas do governo e outros ativos, detidos parcialmente por seu banco de varejo no país que o grupo quer vender, segundo disse.
A divulgação, feita no relatório anual do Citi na segunda-feira (28), ressalta que os negócios do banco com sede em Nova York estão mais diretamente ligados a eventos na Rússia do que qualquer um de seus rivais de Wall Street, conforme as potências ocidentais reforçam as sanções financeiras ao país após a decisão do presidente Vladimir Putin de invadir a Ucrânia.
A exposição, com base nos números do final de 2021, era composta por US$ 8,2 bilhões (R$ 42,3 bilhões) em suas operações de banco de investimento e banco de varejo na Rússia, por meio de empréstimos corporativos e ao consumidor, dívida do governo local, acordos de recompra reversa e depósitos no banco central da Rússia, que foi atingido por sanções no domingo.
O Citi tem mais US$ 1,6 bilhão (R$ 8,22 bilhões) em exposição a outras contrapartes financeiras no país. "O Citi continua monitorando a atual situação geopolítica Rússia-Ucrânia e as condições econômicas, e mitigará suas exposições e riscos conforme apropriado", disse o banco no documento regulatório.
A exposição é uma pequena fração dos negócios gerais do Citi, com o banco detendo US$ 2,29 trilhões (R$ 11,77 trilhões) em ativos no final do ano passado. No entanto, é uma distração indesejada antes de um dia de investidores na quarta-feira (2), quando Jane Fraser, sua executiva-chefe desde o início do ano passado, delineará seu roteiro para o banco.
Parte da estratégia de Fraser tem sido sair de cerca de uma dúzia de mercados de sua extensa rede de varejo internacional, incluindo a Rússia. O banco disse no documento que ainda está tentando sair do mercado de varejo russo.
Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.