O momento de crise chegou até para a ponta da lança da aviação militar, o F-22 Raptor, o mais avançado caça do mundo.
O Lockheed Martin F-22 Raptor foi o primeiro (e até hoje único) caça de superioridade aérea de 5ª geração em operação comprovada. O seu desenho e materiais lhe conferem uma assinatura-radar baixíssima, sendo quase indetectável pelos radares, a chamada tecnologia Stealth.
Porém, toda essa tecnologia e superioridade tem um custo. Em torno de 33 jatos F-22 eram baseados em Tyndall, na costa do Golfo na Flórida, mas a base foi atingida por um furacão e os caças foram realocados para Eglin, a duas horas de distância de carro.
Estes jatos baseados na Flórida fazem parte do 43º Esquadrão de Caça, único que treina os pilotos do Raptor, sendo um dos primeiros a receber o avião, na versão Block 20, destinada ao treinamento e com menos recursos do que a versão de combate.
Mas, com a produção encerrada em 2012, o Raptor não tem novos esquadrões ou ampliação dos existentes, e a demanda por novos pilotos está baixa, já que são ao todo apenas 186 caças –um número pequeno quando comparado às 789 unidades do F-16 Falcon ou 429 do F-15 Eagle.
Segundo a AirForceTimes, o plano é que todos os caças F-22 cheguem ao padrão Block 30, 35 ou 40, com plena capacidade de combate. Mas fazer isso com os caças do 43º Esquadrão teria um custo de $1,8 bilhão de dólares em oito anos, sendo muito caro para melhorar as unidades mais velhas do F-22.
A Força Aérea dos EUA quer usar esse dinheiro para melhorar outros Raptor mais novos e o F-35, caça multi-função de 5ª geração que será a espinha dorsal da força.
Caso o plano seja aprovado pelo congresso, os 33 caças serão enviados para a Base Aérea de Davis-Monthan, no Arizona, local conhecido como "Cemitério de Aviões", mas que, na verdade, armazena a longo prazo diversas aeronaves, que podem ser colocadas de volta à operação em poucas semanas, servindo como estoque.
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