'Teremos um novo presidente no Brasil ano que vem', diz Jorge Paulo Lemann

Bilionário brasileiro deu declaração ao comentar sobre a educação no país

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Boston

O empresário e bilionário Jorge Paulo Lemann disse, neste sábado (8), esperar mudanças no Brasil para o próximo ano.

"Temos uma eleição em andamento no Brasil e nós teremos um novo presidente. Meu objetivo básico no Brasil é tentar melhorar a educação. Estamos preparando um novo kit de como melhorar a educação no Brasil, que é o que acho que o Brasil mais precisa", disse Lemann em um debate da Brazil Conference.

O evento é realizado em Boston, por alunos de Harvard e do MIT.

O empresário Jorge Paulo Lemann
O empresário Jorge Paulo Lemann - Divulgação

​Lemann deu a declaração após ser indagado ​sobre o que gostaria de ter realizado daqui a um ano.

"A principal coisa que estou tentando é melhorar a educação em termos de tornar as pessoas capazes de participar da economia das startups ou mesmo ser competitivos no mundo", afirmou.

O empresário não fez outros comentários sobre as eleições, e não quis dar entrevista após o evento.

Lemann é o homem mais rico do Brasil, segundo a Forbes, com fortuna estimada em US$ 16,1 bilhões (R$ 76,3 bilhões).

O empresário participou de um debate sobre inovação nos modelos de trabalho pós-Covid, ao lado de Henrique Dubugras, co-fundador da Brex, e de Justin Mateen, co-fundador do Tinder.

Durante o debate, Lemann fez mais perguntas do que deu respostas. Sobre trabalho remoto, respondeu que "eu gosto para mim. Acho que isso funciona para vários tipos de empresas, mas para outras não", ponderou.

Os palestrantes concordaram que uma das principais questões do trabalho remoto é a dificuldade para treinar novos funcionários e passar a cultura da empresa para eles. E que a vantagem principal é a de poder contratar pessoas de várias partes do mundo, como uma empresa no Vale do Silício recrutar colaboradores em outros países, inclusive do Brasil.

Dubugras, que foi apontado recentemente como bilionário pela revista Forbes, deu vários conselhos a empreendedores, como o de gastar mais tempo ouvindo clientes e menos com livros de negócios e trabalhos internos das empresas. E disse ter interesse em ajudar startups brasileiras a crescer.

A Brazil Conference recebeu também vários presidenciáveis do Brasil, como Sergio Moro (União Brasil), Simone Tebet (MDB), João Doria (PSDB) e Eduardo Leite (PSDB), que falaram em mesas separadas.

Os pré-candidatos da chamada terceira via citaram diversas vezes a necessidade de união para vencer o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas deixaram claro que gostariam de ser escolhidos para disputar a Presidência.

Em setembro de 2021, Lemann havia dito estar preocupado com a falta de diálogo no país.

"Acho que estamos performando mal no Brasil no geral. Falta diálogo, as pessoas precisam conversar sobre os problemas comuns, ouvir pontos de vista diferentes, encontrar soluções, soluções pragmáticas que nos levem para frente novamente", disse em um evento naquela ocasião.

Lemann, 82, fez fortuna ao investir em empresas como a Ambev, criada a partir da fusão entre Brahma e Antárctica, que depois se tornaria a AB InBev, maior fabricante de cervejas do mundo.

O empresário, nascido no Rio de Janeiro, também comprou empresas como Burger King, Tim Hortons e Heinz. Como filantropo, criou a Fundação Estudar, que oferece bolsas de estudo, e a Fundação Lemann, que patrocina a Brazil Conference.

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