Musk promete mais R$ 6 bi para compra do Twitter, teto no ICMS sobre energia e o que importa no mercado

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Musk precisa arranjar mais US$ 6 bi para Twitter

Elon Musk se comprometeu a tirar mais dinheiro do bolso –ou reunir mais grana de outros investidores– para pagar a compra do Twitter.

Entenda: esse é o valor que faltava para o bilionário não depender de um financiamento garantido em ações da Tesla que ele possui.

Resumindo: Musk precisa tirar US$ 33 bilhões do bolso, sem contar o empréstimo de US$ 13 bilhões junto a bancos.

  • Descontando as ações da Tesla que vendeu, a participação que já tem no Twitter e o que conseguiu com investidores, Musk ainda precisa arranjar cerca de US$ 20 bilhões –caso o negócio saia no preço acordado.

Em espera: o dono da Tesla afirmou há cerca de dez dias que a compra havia sido suspensa até que o Twitter comprovasse a ele que o número de bots (robôs) da plataforma seja realmente menor que 5%, como ela afirma.

Impacto na Bolsa: o documento divulgado nesta quarta fez as ações do Twitter subirem mais de 5% nas negociações pós-mercado, para US$ 39,25. Os papéis da Tesla pouco oscilaram.


Fatia de investimentos gringos aumenta

Os estrangeiros participaram de 39% dos investimentos em startups brasileiras de janeiro a abril deste ano.

É uma alta ante os 33% registrados no mesmo período de 2021. Os dados são da plataforma de inovação Distrito.

Em números: nas maiores captações, em que os valores superaram US$ 50 milhões (R$ 250 milhões), os gringos foram responsáveis por 90% do total. Ao menos dois terços do capital investido nos últimos cinco anos veio do exterior.

  • Os setores mais buscados por fundos estrangeiros são fintechs (26% das rodadas), retailtechs (12%) e healthtechs (10%). EUA, Alemanha e Japão são os países com mais gestoras investindo em startups do país.

O que explica: a entrada de dinheiro gringo é uma tendência do mercado brasileiro de startups nos últimos anos, marcados por liquidez elevada e real desvalorizado.

  • Ainda assim, a alta de juros está apenas começando lá fora, enquanto no Brasil está chegando ao fim do ciclo. Isso pode explicar o aumento de fluxo de dólares no começo do ano por aqui.

Fome no Brasil dobra em 7 anos

A insegurança alimentar no Brasil atingiu patamar recorde no final de 2021 e superou, pela primeira vez, a média global.

Em números: a taxa saltou de 17% em 2014 para 36% no final de 2021 –a média global é de 35%. Os dados são da pesquisa global Gallup, feita em 160 países com 125 mil questionários e foram analisados no Brasil pelo FGV Social.

  • Entre os 20% mais pobres brasileiros, 75% disseram ter faltado dinheiro para a compra de alimentos nos 12 meses anteriores à pesquisa.
  • No recorte das mulheres, a taxa chegou a 47%; e a 45% para as pessoas com idades entre 30 e 49 anos –grupos que geralmente têm mais filhos.

O que explica: o aumento compreende o período em que o país entrou em recessão no governo Dilma Rousseff (2011-2016) e que foi seguido por crescimento medíocre.

  • Mais recentemente, a situação piorou com a alta inflação e a queda de renda dos trabalhadores, que diminuem o poder de compra dos brasileiros mais pobres.

Desigualdade: entre os 20% mais pobres no Brasil, o nível de insegurança alimentar é próximo dos países com maiores taxas, como Zimbábue (80%).

  • Na outra ponta, os 20% mais ricos têm taxa de 7%, próximo do nível de países como a Suécia.

Teto no ICMS sobre energia avança

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta o projeto que limita o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre energia e combustíveis.

Com placar de 403 a 10, a proposta agora vai ao Senado, Casa em que deve enfrentar maior resistência. Os estados também pretendem barrar a medida no STF.

Entenda: o texto prevê que a alíquota do imposto estadual sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo não poderá superar uma faixa de 17% a 18%.

Compensação: a proposta prevê um reembolso da União para os estados em regime de recuperação fiscal e uma redução da dívida para os entes endividados que tiverem perda de arrecadação superior a 5% em relação a 2021.

  • Os municípios (que recebem uma parte do ICMS) também serão compensados pelas perdas.

Em números: os estados afirmam que eles terão um impacto entre R$ 64,2 bilhões a R$ 83,5 bilhões por ano na arrecadação, enquanto os municípios calculam que vão perder R$ 21 bilhões.

O que explica: a medida é patrocinada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para reduzir os preços de combustíveis e energia no ano eleitoral. Alguns estados têm reajustes acima de 20% previstos na conta de luz.

Mais da proposta: o texto aprovado na Câmara ainda muda lei complementar que trata da incidência de ICMS sobre diesel.

  • Pelo texto aprovado nesta quarta, a base de cálculo do imposto será, até 31 de dezembro deste ano, a média de preços dos últimos cinco anos.

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