Os preços do petróleo caíam mais de US$ 5 (R$ 25) o barril nesta segunda-feira (15) devido a temores de demanda, já que dados econômicos decepcionantes da China renovaram as preocupações com uma recessão global.
Os futuros de petróleo Brent recuavam US$ 5,19 (R$ 26), ou 5,29%, para US$ 92,96 (R$ 474) o barril às 10h08 (horário de Brasília), depois de perder 1,5% na sexta-feira (12).
Já o WTI (petróleo dos EUA) perdia US$ 5,01, ou 5,44%, para US$ 87,08 (R$ 444), após cair 2,4% na sessão anterior.
Os contratos em aberto de petróleo Brent este mês caíram 20% em relação a agosto do ano passado.
"O contrato em aberto ainda está caindo, com alguns (players do mercado) não interessados em tocá-lo por causa da volatilidade. Essa é, na minha opinião, a razão que resulta em volumes mais altos para o lado negativo", disse o analista de petróleo do UBS Giovanni Staunovo, acrescentando que o gatilho para a queda na segunda-feira foram os dados chineses fracos.
Na China, maior importador de petróleo do mundo, o banco central cortou as taxas de empréstimo para reviver a demanda, já que dados mostraram a economia desacelerando inesperadamente em julho, com a atividade industrial e de varejo pressionada pela política de zero Covid de Pequim e uma crise imobiliária.
A produção de refinarias da China caiu para 12,53 milhões de bpd (barris por dia), o menor nível desde março de 2020, mostraram dados do governo.
Reportagem adicional de Florence Tan
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