Alckmin usa redes para defender programa econômico de Lula

Ex-governador de SP é visto como um dos principais elos da campanha do ex-presidente com o setor produtivo

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Lisandra Paraguassu
Brasília | Reuters

Visto como um dos principais elos da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o setor produtivo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), o candidato a vice na chapa, usou sua conta no Twitter para responder às acusações de que Lula ainda não teria deixado claro seu programa econômico e divulgar pontos da proposta.

"Lula apresentou o programa econômico de forma muito clara. Vou contar aqui o que nós vamos fazer para o Brasil voltar ao caminho do crescimento e da prosperidade. O primeiro ponto é responsabilidade fiscal, que é inegociável", escreveu o candidato à vice.

O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB) usou o Twitter para responder às acusações de que Lula ainda não teria deixado claro seu programa econômico - Diego Vara/Reuters

Lula vem sendo cobrado por diversos meios por supostamente não ter apresentado um programa econômico concreto, apesar de ele mesmo e economistas que auxiliam a campanha terem falado de diversos pontos da proposta petista.

"A agenda econômica de @LulaOficial vai focar na competitividade. Reduzir o custo de produção. Retomar nossa indústria, emprego e renda. Desburocratização e digitalização junto de investimentos em infraestrutura e logística, enfrentando os gargalos do escoamento da nossa produção", escreveu.

Essa é uma área que Alckmin está lidando diretamente. De acordo com uma fonte próxima ao ex-governador, cabe a ele conversar com diversos setores econômicos para colher sugestões de melhoria para o ambiente de negócios e repassar aos organizadores do programa de governo.

Alckmin cita ainda a necessidade de expansão de acordos internacionais para aumentar o investimento estrangeiro, a necessidade de melhorar a educação dos jovens e o acesso ao ensino técnico e superior, para melhorar a empregabilidade.

O ex-governador destaca ainda a reforma tributária e diz que um governo Lula irá adotar a proposta, já tramitando no Senado, de unificar cinco impostos federais em apenas um, o IVA, Imposto sobre o Valor Agregado.

"É por isso que os mais respeitados economistas do Brasil, entre eles, os pais do Plano Real, apoiam @LulaOficial. Vamos ter um novo tripé: credibilidade, estabilidade, previsibilidade", afirmou.

Recentemente, vários economistas ligados ao governo de Fernando Henrique Cardoso e à formulação do plano Real, como Pérsio Arida e André Lara Resende, declararam voto em Lula.

A ideia de criar o IVA no Brasil não é recente. Presente em outros países, como em alguns membros da União Europeia e mesmo em vizinhos do Mercosul, o tributo tem por objetivo unificar outros impostos e dar mais transparência às regras tributárias.

Entre os impostos que poderiam ser unificados estão o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), o PIS (Programa de Integração Social), o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Colaborou Douglas Gavras, de São Paulo

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