O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta (13) que, caso seja eleito, vai atuar para renegociar as dívidas dos inadimplentes com o setor de varejo.
"Temos que negociar uma parte das dívidas que as pessoas têm com o varejo, com a Magalu, com as Casas Bahia, com as Americanas. Temos que negociar, chamar os empresários para propor uma negociação", afirmou.
As declarações foram dadas entrevista a jornalistas em Aracaju, na qual o petista ainda destacou que o país tem cerca de 80 milhões de pessoas endividadas e que cerca de 80% das dívidas são de até R$ 4.000.
Lula também prometeu criar um programa de incentivo e de crédito mais barato para micro e pequenos empreendedores. O petista afirmou ainda que vai criar um fundo garantidor para cobrir os casos de inadimplência.
Para viabilizar o programa, Lula disse que pretende negociar com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). "O Estado serve para isso. O Estado serve para ser o indutor e facilitar a vida das pessoas a ter acesso a tudo, inclusive a crédito e financiamento."
Além da renegociação de dívidas e ampliação do acesso ao crédito, o petista disse que o combate à fome e a geração de empregos serão as maiores prioridades em um eventual governo.
O tema do acesso ao crédito e da renegociação das dívidas das famílias ganhou mais relevância na campanha eleitoral nas últimas semanas.
Após dizer no primeiro turno que não haveria propostas para perdoar dívidas das famílias, o presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou na semana passada um programa com esse objetivo.
Apresentado como um "lançamento" pela Caixa Econômica Federal, o programa Você no Azul da Caixa, na verdade, já existe desde 2019, e renegocia débitos que pessoas e empresas tenham com a instituição financeira. O programa oferece descontos de até 90%.
O anúncio de Bolsonaro ocorreu após Lula —que já tinha um plano para endividados—, aceitar considerar também a proposta de Ciro Gomes (PDT), candidato derrotado no primeiro turno cuja campanha tinha como carro-chefe a negociação de dívidas. Ciro declarou apoio a Lula no segundo turno.
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