Descrição de chapéu inflação

Produtos da ceia de Natal sobem quase 10% no Brasil

Preço médio de uma cesta com dez itens é de R$ 294,75, diz Abras

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Rio de Janeiro

O preço de uma cesta de produtos típicos da ceia de Natal teve alta de 9,8%, em média, no Brasil, no intervalo de um ano, apontou nesta quinta-feira (8) a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).

O valor foi calculado em R$ 294,75 no início deste mês, o equivalente a R$ 26,30 a mais do que os R$ 268,45 de igual período do ano passado.

A cesta é composta por dez produtos: aves natalinas, azeite, caixa de bombom, espumante, lombo, panetone, pernil, peru, sidra e tender.

Ceia de Natal do restaurante Cajuí
Ceia de Natal - Divulgação

Marcio Milan, vice-presidente da Abras, disse que o cálculo ainda não contempla o efeito de possíveis descontos às vésperas do Natal.

"Esse preço de 2022 é o preço atual, de referência dos próprios supermercados, que ainda não entraram com suas ofertas e promoções", afirmou em entrevista à imprensa.

A pesquisa da Abras também traz um recorte das grandes regiões do país. O maior valor médio da cesta de Natal foi registrado no Norte: R$ 306,34 (3,1% acima de 2021).

O Sudeste teve o menor preço médio, calculado em R$ 282,39. A região, porém, registrou a maior alta, de 17%, na comparação com o ano passado.

"Essa é uma média da região. Quando a gente fala de aves natalinas, leva em consideração mais de um tipo, a mesma coisa com azeites, e assim por diante. São médias para referência", relatou Milan.

"Existem marcas alternativas. É possível que cada um vá se ajustar de acordo com sua renda, de acordo com o bolso", acrescentou.

Apesar de a pesquisa sinalizar preços mais altos neste ano, 66% dos supermercados brasileiros projetam consumo superior ao Natal de 2021, informou a Abras.

Outros 27% esperam o mesmo patamar do ano passado, enquanto 7% estimam um nível inferior de negócios na data.

Os supermercados, indicou a Abras, projetam crescimento de 11,2% no consumo de carnes no Natal. No caso das bebidas, a projeção é de alta de 12,5%.

Associação espera manutenção de benefício de R$ 600

Conforme a entidade, o consumo nos lares brasileiros cresceu 3,02% no ano até outubro. O percentual pode chegar a 3,3% até o final de 2022, sinaliza a projeção do setor.

A Abras atribuiu o aumento à injeção de recursos na economia via benefícios sociais, especialmente o Auxílio Brasil, que subiu para R$ 600 neste ano. A associação também destacou fatores como a queda do desemprego.

Por ora, a expectativa é de uma alta menor, de 2,5%, para o consumo nos lares em 2023. João Galassi, presidente da Abras, avaliou que esse aumento pode ficar maior dependendo do cenário do próximo ano.

Galassi disse esperar o avanço da PEC (proposta de emenda à Constituição) que pretende garantir o benefício de R$ 600 e o adicional de R$ 150 por criança de até seis anos em 2023, ano inicial do novo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Será uma grande contribuição para o consumo", definiu o presidente da Abras. Sob Lula, o auxílio deve voltar a ser chamado de Bolsa Família.

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