Economista André Roncaglia é novo colunista da Folha

Textos irão tratar de desenvolvimento econômico, reindustrialização e superação da desigualdade

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São Paulo

O economista especializado em desenvolvimento e conjuntura econômica André Roncaglia passa a assinar uma coluna semanal na Folha. Seus textos serão publicados em Mercado, a partir desta quinta-feira (5), no site, e de sexta (6), no jornal impresso.

Roncaglia, 42, é professor do Departamento de Economia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), tem graduação e mestrado pela PUC-SP e doutorado em economia do desenvolvimento pela FEA/USP (Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária da Universidade de São Paulo).

Homem calvo, jovem, de olhos claros, de terno escuro e camisa branca posa para foto em pé, cm a mão direita no bolso e o braço esquerdo apoiado sobre uma balaustrada, com um prédio envidraçado ao fundo
André Roncaglia, professor de economia da Unifesp e doutor em economia do desenvolvimento pela FEA-USP - Divulgação

Em sua coluna, ele pretende tratar dos desafios do desenvolvimento econômico no Brasil, sobretudo no contexto atual, de demanda pela descarbonização e rumo a um desenvolvimento sustentável, bem como avaliar seus impactos na qualidade dos empregos e na redução da pobreza.

"Apesar de ter sofrido um longo processo de desindustrialização, o Brasil tem uma oportunidade enorme pela frente e pode contar com investimentos em larga escala. O país possui uma diversidade de recursos e uma matriz industrial que, apesar de muitas deficiências e dependência de importações, pode servir de base para a transição verde", diz.

Roncaglia ressalta que o discurso de posse do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), deixa claro a necessidade de o país colocar a reindustrialização como eixo central do desenvolvimento, o que aponta uma mudança profunda em relação ao governo anterior e que precisa ser acompanhada.

"O novo governo indicou um caminho em que o Estado tem coordenação e fornece a substância de planejamento, algo que está em linha com o que ocorre lá fora. Há oportunidades únicas que surgem na transição do pós-pandemia, como os investimentos na área de saúde, e o SUS [Sistema Único de Saúde] oferece uma plataforma que ainda está subutilizada e que demanda uma política integrada."

Em seus textos, ele também pretende tratar da desigualdade social no Brasil —sem deixar de lado a questão tributária e as políticas econômicas que afetam a questão distributiva e que podem ser implementadas para reduzir tanto a desigualdade de renda quanto a de riqueza.

Roncaglia é coautor de "Brasil, uma Economia que Não Aprende", livro escrito em parceria com o economista Paulo Gala e que trata do desenvolvimento econômico e do atual papel da indústria a partir dos novos desafios globais.

O economista também participou e colaborou na organização, com o ex-ministro da Fazenda e diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Nelson Barbosa, de "Bidenomics nos Trópicos", que reúne textos sobre política industrial e desenvolvimento científico e tecnológico.

Além de sua atuação acadêmica, ele comandou no Youtube a mesa de debates "Conexão Xangai", ao lado de Paulo Gala, Uallace Moreira e Elias Jabbour. O programa discutia o peso da China na economia global e seu nome era um contraponto ao "Manhattan Connection".

Ele também mantém um canal próprio na plataforma de vídeos, com mais de 111 mil inscritos, em que debate temas econômicos e reage a vídeos de outros autores, geralmente com discursos de tendência liberal.

"O momento político pelo qual passamos, principalmente com o agravamento da pandemia, levou o debate político a uma degeneração. O desafio que se impõe é restaurar a contribuição da economia no debate público", avalia.

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