Descrição de chapéu Brics

Dilma mantém ida à China para assumir banco, mas adia solenidade de posse

Ex-presidente quer Lula em ato simbólico; agenda empresarial deve ocorrer, mas ausência do líder brasileiro e de Haddad pode impactar no número de participantes

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Brasília

A nova presidente do banco dos Brics, Dilma Rousseff, deve manter a viagem à China nesta semana mesmo com o cancelamento da visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com a equipe da ex-presidente da República, ela deve embarcar na segunda-feira (27) e chegar no dia seguinte no país asiático.

Apesar disso, Dilma deve adiar sua solenidade de posse no comando do NDB (Novo Banco de Desenvolvimento, nas siglas em inglês) para a nova data da passagem de Lula para a China.

A ex-presidente Dilma Rousseff, eleita para comandar o NDB, conhecido como banco dos Brics. - Mauro Pimentel-06.Fev.23/AFP

O atual presidente da República tinha programado partir para Pequim neste sábado (25) para uma visita oficial que incluiria um encontro com o dirigente chinês, Xi Jinping, e reuniões empresariais. No entanto, ele foi diagnosticado com um quadro de broncopneumonia bacteriana e viral por influenza A. Num primeiro momento, o embarque foi adiado para o domingo (26), mas o Planalto confirmou neste sábado o cancelamento da viagem.

A ida de Lula à China deve ser remarcada, mas ainda não há data programada. Conforme mostrou a coluna Painel, a agenda deve ocorrer a partir de maio.

Na programação original, Lula iria no dia 30 de março a Xangai, cidade onde fica a sede do NDB. Na ocasião, Lula participaria da cerimônia de posse de Dilma no comando da instituição.

Mesmo com o adiamento do ato simbólico, o mandato de Dilma como presidente do NDB começou em 24 de março, quando ela foi eleita para o posto pelos sócios do banco. Ela substituiu Marcos Troyjo, que havia sido indicado pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes, ainda no governo Jair Bolsonaro (PL).

O cancelamento da visita de Lula à China deve ter reflexos sobre os eventos empresariais organizados no contexto da visita oficial —embora o alcance desse impacto ainda seja incerto.

Parte dos empresários que acompanhariam a delegação oficial já se encontram ou estão em deslocamento para a China.

A Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), por exemplo, organizou para o dia 29 o Fórum Econômico Brasil-China. O presidente da agência, Jorge Viana, está em deslocamento para a China. Interlocutores dizem que a agenda está mantida, mas que a ausência de Lula e do ministro Fernando Haddad (Fazenda) pode ter algum impacto sobre o número de participantes nesse evento.

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