Porsche bate recordes de receita e lucratividade no mundo

Vendas cresceram 2,6% em 2022, e margem média por carro chegou a 18%

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Wolfsburg (Alemanha)

A Porsche vive o melhor momento de seus 75 anos de história. Os resultados financeiros divulgados nesta segunda (13) mostram crescimento expressivo em um cenário econômico instável, como destacou Lutz Meschke, CFO (diretor-executivo de finanças) da montadora alemã.

A receita chegou a 37,6 bilhões de euros (R$ 211,3 bilhões) em 2022, um crescimento de 13,6% na comparação com 2021. Já o lucro operacional de 6,8 bilhões de euros (R$ 38,2 bilhões) no ano passado representa alta de 27,4%. Ambos os resultados são recordes para a fabricante.

A empresa causa inveja nas demais integrantes do Volkswagen Group, que inclui, além da própria VW, marcas como Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley.

Logo da Porsche em Bruxelas, Bélgica - Yves Herman - 13.mar.2023/Reuters

A margem de lucro da Porsche chegou a média de 18% por produto em 2022, um sonho distante para as marcas generalistas, que disputam segmentos de entrada.

As vendas do esportivo 911, carro mais icônico da montadora, cresceram 5% em 2022 –foram 40.410 unidades comercializadas no mundo. Já o SUV Cayenne, maior sucesso comercial da marca atualmente, terminou o ano com 95.604 licenciamentos, uma alta de 15% em relação a 2021.

Ao longo do último ano, 309.8 mil veículos foram entregues pela Porsche –alta de 2,6% em relação a 2021.

Durante a conferência em que revelou os resultados, Meschke destacou que as variações do câmbio influenciaram no resultado, além do que ele definiu como "uma rigorosa disciplina de custos".

De fato, a Porsche parece ter achado um ponto de equilíbrio entre os aumentos dos custos de produção e os repasses aos preços dos produtos. O interesse de seus consumidores se manteve em alta, apesar de os carros terem se tornado expressivamente mais caros mundo afora.

No Brasil, a versão mais em conta do Cayenne E-Hybrid custa R$ 629 mil. Ao abrir o site da marca para configurar algum automóvel, é exibida uma mensagem de alerta sobre a maior demora na entrega de modelos novos. A razão ainda está na crise de fornecimento dos semicondutores.

O carro mais "barato" da marca no Brasil é o cupê esportivo 718 Cayman, que custa a partir de R$ 499 mil. Entretanto, com os problemas logísticos e as longas filas de espera globais, as encomendas para o mercado nacional estão temporariamente suspensas.

As questões de momento não impedem a fabricante de sonhar alto. A Porsche prevê um novo recorde de receita em 2023, além de prever uma margem operacional de 20% nos próximos anos.

A empresa pretende ainda ser carbono neutro até 2030, processo que passa pelo lançamento de novos modelos 100% elétricos. O próximo será a nova geração do SUV Macan, que estreia em 2024.

O jornalista viajou a convite do Volkswagen Group

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.