Não podemos permitir que o Galeão seja destruído, diz Eduardo Paes

Prefeito do Rio de Janeiro volta a defender a redução do número de voos no Santos Dumont para retomada da demanda do aeroporto internacional

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São Paulo

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, voltou a defender neste sábado (8), em vídeo publicado em seu perfil no Twitter, a redução no número de voos para o aeroporto Santos Dumont, visando reverter o esvaziamento de Galeão.

No vídeo, Paes afirma que o aumento no número de voos domésticos do Santos Dumont reduz a quantidade de viagens internacionais do Galeão, que vem enfrentando uma retomada mais lenta da demanda no pós-pandemia.

Movimentação de passageiros no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli/Folhapress

"Os voos domésticos têm que ser para conexão no Galeão, para que o Galeão atraia voos internacionais. O Rio, para ser o Rio, precisa de um aeroporto internacional. Não podemos permitir que o Galeão seja destruído", disse Paes.

O prefeito já havia cobrado a redução de operações no Santos Dumont. Também no Twitter, Paes criticou nesta sexta a Infraero, após a empresa ter alterado a capacidade do aeroporto de 9,9 milhões para 15,2 milhões de passageiros, aumento de 54,3%.

Em 2022, foram 10,17 milhões de viajantes, alta de 49,5% em relação a 2021 e o maior número de uma série histórica iniciada em 2012.

"Aeroporto Santos Dumont virou a única fonte de receita da estatal Infraero! Ou seja: quanto mais voos, mais receita. Para complementar ajuda a inviabilizar o Galeão. Ao inviabilizar o Galeão o operador privado sai da concessão e quem assume? A Infraero! Com isso a estatal ganha mais um aeroporto para chamar de seu e ganha mais receita. E o Rio que se dane! Simples assim", disse Paes.

No mesmo dia, o governo federal anunciou que vai limitar o número de passageiros do Santos Dumont neste ano. Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, o contingente ficará abaixo de 10 milhões em 2023. A medida foi elogiada por Paes.

De acordo com França, a Secretaria Nacional de Aviação Civil está elaborando estudos com possíveis ações para ampliar o número de passageiros no Galeão.

"As possibilidades serão apresentadas ao governador Cláudio Castro e ao prefeito Eduardo Paes no próximo dia 24, quando está prevista uma reunião entre nós três", acrescentou França.

Neste ano, um grupo de trabalho foi criado para analisar o cenário dos terminais do Rio. Voltado para a aviação doméstica, o Santos Dumont fica próximo de empresas instaladas no centro do Rio e de pontos turísticos da zona sul.

O Galeão, por sua vez, está localizado na Ilha do Governador e conta com uma infraestrutura maior. O acesso ao aeroporto internacional, contudo, é feito por vias como a Linha Vermelha, local frequente de engarrafamentos e com casos de violência urbana.

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