Aprovação de reformas tranquilizará BC e investidores, diz Haddad

Ministro espera que Câmara aprove mudanças nas regras tributárias ainda no primeiro semestre

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Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que a reforma tributária seja aprovada ainda antes do recesso do meio do ano na Câmara dos Deputados e dê tranquilidade ao Banco Central e a investidores.

A previsão de Haddad foi feita em pronunciamento após reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, e os relatores da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do arcabouço fiscal, Claudio Cajado (PP-BA).

"Fiquei bem impressionado com a conversa. Há um consenso em torno das duas pautas. Temos que votar o marco fiscal e a reforma. Não teve nenhuma voz dissonante", disse o ministro nesta terça-feira (23) após o evento.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa de evento sobre reforma tributária, promovido pela CNM, em Brasília (DF) - Gabriela Biló - 28.mar.2023/Folhapress

Além das autoridades, participaram da reunião representantes da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

"Isso vai dar uma tranquilidade muito grande para os investidores, para a autoridade monetária e para os ministros do governo de que terão condições de trabalhar em proveito do bem-estar do país", continuou.

Ao chegar no Ministério da Fazenda após a reunião, Haddad voltou a prever uma votação da reforma tributária na Câmara ainda no primeiro semestre. "Estou convencido de que votam a reforma tributária na Câmara antes do recesso", reiterou.

A expectativa de Lira é de que o novo arcabouço fiscal seja votado no máximo até amanhã na Câmara dos Deputados.

No pronunciamento após a reunião desta terça, ele afirmou que o "dia de hoje será simbólico para a arrancada final do arcabouço, votado de hoje [terça] para amanhã [quarta] e pautar reforma tributária no primeiro semestre".

Apesar da harmonia nos dois temas, tanto Lira quanto Pacheco advertiram o governo federal a não buscar mudanças em leis recentemente aprovadas pelo Congresso, sem a participação prévia de Câmara e Senado.

Eles se referiam às tentativas do Executivo em alterar o Marco do Saneamento por decreto e ao pedido para que o STF (Supremo Tribunal Federal) reveja parte da lei que privatizou a Eletrobras.

Com Reuters

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