O JPMorgan Chase & Co disse nesta segunda-feira (1°) que comprará a maior parte do First Republic Bank após intervenção dos reguladores dos Estados Unidos no banco no fim de semana, marcando a falência em dois meses do terceiro maior credor dos EUA.
Como parte do acordo, o JPMorgan fará um pagamento de US$ 10,6 bilhões à FDIC (agência controladora de depósitos dos EUA) como parte do acordo para comprar a maior parte dos ativos do credor com sede em São Francisco.
O banco também assinou um acordo de compartilhamento de perdas com a FDIC em empréstimos individuais, residenciais e comerciais que comprou, mas não aceitará a dívida corporativa ou as ações preferenciais do First Republic Bank.
O acordo, que ocorreu após um leilão no fim de semana, permite uma falência ordenada do First Republic e evita a necessidade de os reguladores garantirem todos os depósitos, como tiveram que fazer quando dois outros bancos faliram no mês passado. Também torna o maior banco dos EUA ainda maior.
O First Republic ficou sob intensa pressão depois de divulgar na semana passada que havia sofrido mais de US$ 100 bilhões em saídas de depósitos no primeiro trimestre e estava explorando opções.
Isso também renovou o estresse no setor bancário, que estava se recuperando do fechamento do Silicon Valley Bank e do Signature Bank em março, enquanto o credor suíço Credit Suisse foi comprado pelo rival UBS em uma aquisição engendrada pelo Estado.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos disse estar animado com o fato de a crise do First Republic Bank ter sido resolvida com o menor custo para seu fundo garantidor de depósitos, e acredita que o sistema bancário dos Estados Unidos permanece sólido e resiliente, disse um porta-voz na manhã desta segunda.
O presidente do país, Joe Biden, elogiou as medidas dos reguladores norte-americanos para facilitar a venda do First Republic, proteger todos os seus depositantes e garantir que os contribuintes norte-americanos não sejam afetados.
"Essas ações vão garantir que o sistema bancário esteja são e salvo", disse Biden em um evento na Casa Branca. "Criticamente, os contribuintes não são os únicos que estão em jogo."
Ele repetiu seu apelo por regulamentação e supervisão mais fortes de bancos grandes e regionais.
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