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Uber vê receita subir 29% e bate recorde de faturamento no começo de 2023

Gigante do transporte por aplicativo supera inflação crescente e incerteza econômica melhor do que o esperado

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Madhumita Murgia Alexandra White
Financial Times

As ações da Uber subiram 6% quando a gigante americana de transporte por aplicativo relatou um aumento na demanda no primeiro trimestre por seus negócios de entrega de comida e viagens pessoais.

A empresa informou nesta terça-feira (2) que a receita saltou 29%, para US$ 8,8 bilhões, no primeiro trimestre, superando as estimativas de analistas de US$ 8,7 bilhões compiladas pela Bloomberg. Isso foi impulsionado por um crescimento anual de 72% no segmento de viagens, enquanto as vendas do serviço de entregas de comida aumentaram 23%.

As reservas brutas totais –o valor total das tarifas pagas–, incluindo seus negócios de mobilidade, entrega e frete, cresceram 19%, para US$ 31,4 bilhões, com reservas brutas somente na unidade de mobilidade crescendo 40% ano a ano, indicando viagens mais frequentes de clientes.

Os resultados mostram que o Uber continua superando a inflação crescente e a incerteza econômica melhor do que o esperado e em comparação com seus rivais.

Logo da Uber - Andrew kelly - 2.ago.2022/Reuters

A Lyft admitiu em fevereiro que teria que reduzir as tarifas para tentar se manter competitiva com o Uber. Desde o início da pandemia de coronavírus, a Lyft vem perdendo participação de mercado para o Uber, que conseguiu se apoiar em seu serviço de entregas de comida e na diversificação internacional para protegê-lo de uma queda no número de passageiros.

O lucro ajustado do Uber antes de juros, impostos, depreciação e amortização –sua medida preferida de lucratividade– foi de US$ 761 milhões, o maior já registrado pela Uber, contra US$ 168 milhões no ano anterior.

"Entregamos lucratividade recorde e fluxo de caixa livre no primeiro trimestre e estamos prontos para expandir a lucratividade novamente no segundo trimestre", disse Nelson Chai, diretor financeiro da Uber.

A gigante do compartilhamento de viagens também deu uma perspectiva mais otimista para o segundo trimestre.

O grupo prevê que as reservas brutas, o valor total das tarifas pagas, fiquem entre US$ 33 bilhões e US$ 34 bilhões no próximo trimestre, superando as expectativas dos analistas de uma estimativa de US$ 32,98 bilhões.

O Ebitda ajustado deve ficar entre US$ 800 milhões e US$ 850 milhões no segundo trimestre.

"Nossa perspectiva robusta para o segundo trimestre amplia nosso histórico de forte crescimento e lucratividade", disse o executivo-chefe da Uber, Dara Khosrowshahi, na terça-feira (2).

"À medida que o ambiente operacional se ajusta a um período de disponibilidade de capital mais apertada e taxas de juros mais altas, estamos bem posicionados para melhorar nossa posição competitiva em nossos principais mercados", acrescentou.

Khosrowshahi disse que a empresa permanecerá disciplinada, mantendo seu quadro de funcionários estável, sem especificar quantos empregos podem estar em risco. "Agimos com antecedência para não termos que ser reativos como muitas outras empresas de tecnologia", disse ele.

"Depois de um ano de transição de crescimento e corte de custos, estamos vendo o Uber finalmente atingir a inflexão do crescimento... e níveis de ebitda com os quais Wall Street apenas sonhava há alguns anos", disse Dan Ives, analista da Wedbush.

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