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Maior negócio dos games avança, por que deflação de junho derrubou Bolsa e o que importa no mercado

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São Paulo

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Próxima fase

O negócio envolvendo a compra da produtora de jogos Activision Blizzard pela Microsoft por US$ 69 bilhões teve uma importante reviravolta nesta terça (11).

Uma juíza federal americana rejeitou o questionamento da FTC (órgão antitruste e de defesa do consumidor americano) e deu luz verde à transação anunciada no ano passado como a maior da história dos games.

Logo depois, a CMA (Autoridade de Concorrência e Mercados) do Reino Unido, que havia rejeitado o negócio em abril, disse que poderia pausar o processo de apelação para considerar uma proposta da Microsoft que atendesse às suas preocupações.

Em reação aos dois anúncios, as ações da Activision Blizzard fecharam em alta de 10%, a US$ 91, mais próximas dos US$ 95 oferecidos pela Microsoft no ano passado. Os papéis da big tech fecharam estáveis.


Relembre: as autoridades britânicas haviam recusado o acordo com o argumento de que ele daria uma vantagem desleal para a fabricante do Xbox no ainda incipiente mercado de "cloud gaming" (jogos na nuvem, entenda aqui).

Na União Europeia, a decisão foi diferente. As autoridades disseram que os acordos anunciados pela Microsoft com as concorrentes Nvidia (nuvem), Nintendo (console) e o compromisso de licenciar o "Call of Duty" para o PlayStation da Sony por dez anos resolvem o problema.

E agora? Pelo acordo firmado em 2022, o negócio teria de ser fechado até o dia 18 deste mês, o que parece difícil diante da disputa no Reino Unido.

  • Se as empresas decidirem por prorrogar o prazo, os termos do negócio podem ser rediscutidos, e a Activision teria condições de pedir mais dinheiro, disseram analistas ao Wall Street Journal.

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Deflação em junho, mas...

O IPCA teve deflação (queda de preços) de 0,08% em junho, informou o IBGE nesta terça.

Em números: a queda para o mês é a maior desde 2017 e o resultado veio próximo do que o mercado calculava (-0,10%). Em 12 meses, a inflação avançou 3,16%.

Reação: parte dos analistas vê o índice deste ano acabando dentro do teto da meta estabelecido (4,75%), considerando que os preços devem subir daqui até dezembro na comparação com os meses que antecederam a eleição no ano passado.

O que explica a inflação de junho e a reação do mercado:

1 - O que puxou a queda: os grupos alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%).

  • No primeiro, destaque para alimentação no domicílio (-1,07%), com óleo de soja (-8,96%), frutas (-3,38%), leite longa vida (-2,68%) e carnes (-2,10%).
  • No segundo, influência do recuo dos automóveis novos (-2,76%) e dos usados (-0,93%), na esteira do programa do governo de incentivo a carros populares.

2 - Serviços ainda preocupam: puxado pela alta nas passagens aéreas (10,96%, após baixa de 17,73% em maio), o setor subiu 0,62% em junho.

  • O avanço dos preços dos serviços é olhado de perto pelo BC porque esses itens tendem a demorar mais para cair –essa é a principal razão para o mercado projetar queda de 0,25 ponto na Selic, não 0,50, como quer o governo.

Mais sobre o IPCA de junho:

  • Opinião | Vinicius Torres Freire: Aluguel, prato feito, plano de saúde, escola: inflação ainda não acabou.
  • Nas capitais, a inflação variou de 1,11% a 4,44% no mês (veja o ranking aqui).

Regras sobre compras do exterior geram críticas

As novas regras de tributação para compras internacionais anunciadas por governo federal e estados geraram reclamações de consumidores e de varejistas brasileiras, mas por motivos diferentes.

Entenda:

- A regra: o governo federal anunciou no fim do mês passado que as compras internacionais de até US$ 50 passarão a ser isentas a partir de 1º de agosto desde que a empresa de comércio eletrônico faça parte do programa Remessa Conforme, da Receita Federal.

  • A ideia é que as plataformas declarem os tributos antes do envio das mercadorias, para facilitar a cobrança. Os produtos acima de US$ 50 ficariam bloqueados e só seriam liberados após o pagamento de imposto pelo consumidor.
  • A crítica: as empresas nacionais dizem que a isenção pode afetar a competitividade e argumentam que elas têm de pagar impostos na fabricação do produto dentro do país.

- A regra: os estados definiram a alíquota padrão de 17% do ICMS sobre compras internacionais, que está em vigor e incidirá sobre qualquer remessa expressa importada, já incluindo o preço de produto, frete, seguro e eventuais encargos adicionais.

  • A crítica: quem compra com frequência em sites como Shein e Shopee teme por aumento de preços. Nas compras acima de US$ 50, por exemplo, haveria o atual imposto de importação federal de 60% e a cobrança de 17% do ICMS.
Erramos: o texto foi alterado

O ICMS incidirá sobre compras internacionais de qualquer valor, incluindo aquelas abaixo de US$ 50. O Comsefaz havia afirmado inicialmente que não haveria incidência, mas corrigiu a informação posteriormente.

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