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Aquisições no café e nas balinhas
Duas transações anunciadas nesta segunda movimentaram os setores nacionais de café e alimentos:
- A JDE, dona das marcas Pilão e L’Or, comprou os ativos de café e chá do grupo JAV, que inclui as linhas de café Maratá, com forte presença no mercado nordestino, relata David Lucena, do blog Café na Prensa.
- A fabricante brasileira de snacks e doces Dori foi vendida para a Ferrara Candy Company, do mesmo grupo do Ferrero Rocher.
Nos dois casos, o valor da transação não foi divulgado.
Quem é quem:
A JDE, hoje a segunda maior do mercado brasileiro de café, pode assumir a liderança com a compra da dona da Maratá, que é a quarta maior. Atualmente, o primeiro lugar é ocupado pela 3 Corações.
- A multinacional holandesa também somará a seu portfólio de cafés e chás as marcas Café Puro, Chá Maratá e Chá Castellari.
A CTH Invest é controladora da Ferrara, a maior empresa de balas e gomas dos EUA. É dona de marcas como Nerds, TicTac, SweeTarts e Trolli.
- Com a aquisição da Dori, fundada em 1967 em Marília (SP), será dono de rótulos como Pettiz, Gomets, Yogurte 100, além da própria Dori.
- A brasileira tem 3.100 funcionários e fechou o primeiro trimestre com faturamento de cerca de R$ 390 milhões, alta de 14% sobre o desempenho de um ano antes.
Demanda por Yeezy surpreende Adidas
A Adidas começou a vender o estoque de 1,2 bilhão de euros (R$ 6,3 bilhões) em tênis produzidos sob a parceria desfeita com Kanye West (rapper hoje conhecido como Ye).
O resultado, segundo o Financial Times, foi de que a demanda dos consumidores pelos tênis Yeezy superou a previsão mais otimista da empresa.
Até 2 de junho, a Adidas recebeu pedidos no valor de mais de 508 milhões de euros (R$ 2,7 bilhões) para 4 milhões de pares de tênis, disseram as fontes ao jornal britânico.
Relembre: o lucrativo acordo que criou a marca Yeezy em 2015 foi desfeito pela fabricante em outubro do ano passado depois de o cantor ter publicado comentários antissemitas em redes sociais.
Após uma indefinição sobre o que fazer com o estoque, que envolveu inclusive a possibilidade de destruir os tênis, a Adidas decidiu vender os itens e doar parte do lucro a instituições de caridade que combatem o racismo e o antissemitismo.
Segundo o Financial Times, a fabricante alemã está disposta a doar uma "parcela significativa" do lucro, mas também planeja usar os recursos para pagar royalties a Ye e cobrir custos do término da parceria, como demissões de funcionários.
Mercado pet já fatura R$ 60 bi
Mais da metade das empresas que atendem os animais de estimação no Brasil é formada por MEIs (microempreendedores individuais).
Eles somam 126 mil do total de 225 mil negócios voltados a esse setor no país, cujo faturamento chegou a R$ 60,2 bilhões em 2022.
- Os números são do IPB (Instituto Pet Brasil), que usou dados de IBGE, Euromonitor e Ministério da Fazenda.
O que explica: apesar da disseminação das grandes redes nas cidades maiores, são os pequenos negócios que estão nas lojas de vizinhança e, muitas vezes, têm a preferência dos tutores por estarem mais familiarizados com os animais.
- Outro fator é o investimento necessário para montar um pequeno petshop, que pesa menos no bolso e pode ser feito por qualquer pessoa, desde que contrate os serviços de um veterinário.
- Em 2022, pequenos e médios pet shops representaram 48,7% do faturamento total do setor, ainda de acordo com o IPB.
Em alta: a projeção é de que o faturamento total do mercado pet cresça 12,1% neste ano, para R$ 67,4 bilhões. É uma boa notícia também para o segmento de alimentação para animais, que deve ficar com R$ 37,3 bilhões —ou 55,3% dessa fatia.
- Além da ração, o que também cresce, principalmente em grandes centros, é a venda de comida humana, como cervejas, bolos, pães e sorvetes, adaptadas para os animais.
Mais sobre mundo pet:
- Clínicas veterinárias incorporam especialidades de olho em tutores exigentes.
- Leia depoimentos de tutores sobre como conduzir negócio com pet influencer.
- Conheça o empresário que lucra até R$ 110 mil por mês com hospedagem de cachorros.
Dólar atinge nova mínima
Acompanhando a expectativa no mercado pela reunião do Fed (Federal Reserve, banco central americano), o dólar fechou nesta segunda (24) com queda de 1%, a R$ 4,73. É o menor patamar desde abril de 2022.
A Bolsa subiu 0,93%, aos 121.341 pontos, maior nível desde agosto de 2021. O Ibovespa foi apoiado pela alta das duas maiores empresas, Petrobras e Vale, que seguiram o avanço das commodities lá fora.
O que explica: além da alta das matérias-primas, a queda do dólar segue a interpretação de analistas de que o BC americano deve indicar uma nova pausa nos juros após a alta de 0,25 ponto percentual prevista para esta quarta (25). O sentimento ganhou força com os últimos dados econômicos divulgados.
- Sinal de menos juros nos EUA significa maior apetite a risco dos investidores, que deixam o dólar para buscar oportunidades em outros mercados, como o nosso.
- Enquanto isso, no Brasil, as apostas se dividem entre uma queda de 0,25 ponto ou 0,50 ponto na reunião do Copom da semana que vem.
- Uma queda na Selic ajuda ativos como a Bolsa e, combinada com uma inflação menos pressionada, ainda deixa o juro real do Brasil alto.
- O indicador mantém o país como um mercado atrativo para a entrada de dólares.
Ações de tecnologia devem seguir subindo? Depois da alta de mais de 30% no primeiro semestre da Bolsa Nasdaq, que reúne as maiores ações do setor nos EUA, especialistas ouvidos pela Folha dizem ser difícil cravar que a tendência continuará ou se ela irá se reverter até o fim do ano.
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