Netflix ganha assinantes após cobrar por contas compartilhadas, big techs querem faturar com IA e o que importa no mercado

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São Paulo

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Um ano depois, Netflix dá volta por cima

A Netflix ganhou 5,9 milhões de assinantes no segundo trimestre deste ano, período em que a companhia passou a cobrar pelo compartilhamento de contas de usuários nos EUA, Brasil e em mais de 100 países.

  • O crescimento na base de usuários veio mais que o dobro além da expectativa do mercado, e agora a companhia soma 238,4 milhões de assinantes.

As ações da líder do streaming, porém, recuaram 8% nas negociações pós-mercado, após ela ter registrado uma receita um pouco abaixo das expectativas e ter projetado um resultado menor do que os analistas calculavam para o atual trimestre.

Teatro Tudum, da Netflix, em Los Angeles
Teatro Tudum, da Netflix, em Los Angeles - Patrick T. FALLON - 14.set.2022/AFP


Relembre: o atual crescimento na base de assinantes da Netflix acontece exatamente um ano depois de a companhia ter registrado queda de usuários em dois trimestres consecutivos, algo inédito.

A marca negativa derrubou o valor de mercado da líder do streaming e a motivou a criar duas estratégias como resposta:

Em números: a Netflix registrou alta de 3% na receita de abril a junho, para US$ 8,2 bilhões, enquanto o lucro cresceu 6% no período, para US$ 1,5 bilhão.

A companhia também prevê gastar menos com conteúdo neste ano diante da greve de roteiristas e atores em Hollywood.


Venda de elétricos cresce, e Tesla perde margem

Em mais um avanço da transição energética, a venda de carros elétricos superou a de automóveis movidos a diesel na UE (União Europeia) em junho.

  • O bloco tem como objetivo acabar com a venda de veículos novos com motores a combustão (diesel e gasolina) em 12 anos.
  • Ao lado da China, a UE lidera o mercado de elétricos no mundo.

Em números: os automóveis elétricos passaram de 10,7% para 15,1% em participação do mercado europeu em um ano. Os carros movidos a gasolina lideraram com 36,3% das vendas em junho, seguidos pelos híbridos, com 24,3%.

O avanço dos elétricos no bloco europeu foi impulsionado principalmente pela Tesla, que foi responsável pela venda de 1 a cada 5 automóveis sem motor a combustão em junho.

Tesla Model S em estação de carregamento da montadora em Virginia
Tesla Model S em estação de carregamento da montadora em Virginia - SAUL LOEB - 13.fev.2023/ AFP


Por falar na montadora, ela divulgou seus resultados do segundo trimestre deste ano e apresentou alta na venda de veículos e queda na margem operacional, como os analistas esperavam.

  • O resultado foi que as vendas subiram 83% de abril a junho, enquanto a receita e o lucro cresceram menos –47% e 20%, respectivamente.

Como big techs querem lucrar com IA

Passada a fase de entender os potenciais da IA generativa, ferramenta que virou febre a partir do fim do ano passado, agora as big techs vislumbram como ganhar dinheiro com ela.

  • A Microsoft viu suas ações chegarem à máxima histórica na terça depois de anunciar que cobrará US$ 30 ao mês para clientes corporativos na ferramenta Copilot (copiloto), que integra a IA generativa ao pacote Office (Outlook, Word, Power Point…).
  • A Meta também aproveitou para lançar uma versão comercial de seu modelo de IA de código aberto Llama, para ser uma alternativa corporativa a ChatGPT (OpenAI) e Bard (Google). A distribuição será por meio da Microsoft.

O que explica: à sua maneira, cada companhia quer participar do assunto do momento no mundo da tecnologia.

Enquanto Microsoft (como investidora da OpenAI) e Google (que trabalhava internamente com a ferramenta) largaram na frente, agora as outras gigantes avaliam como podem agregar a tecnologia a seus serviços e, claro, ampliar suas fontes de faturamento.



Mais sobre IA

A plataforma para WhatsApp LuzIA chegou ao Brasil nesta quarta. Além de transcrever áudios, a ferramenta responde a pedidos via texto por meio do motor do ChatGPT, o GPT-3.5, e cria imagens.

"IA não ameaça humanidade": veja por que mais de 1,3 mil especialistas creem que tecnologia será benéfica.


Por que copilotos não querem promoção

Uma promoção para um cargo com mais status, considerado um dos auges da carreira, e com aumento de cerca de 40% no salário. É desse combo que muitos pilotos americanos estão fugindo.

Entenda: cerca de 7.500 copilotos das companhias American Airlines e United Airlines não se candidataram à promoção para comandante nas vagas abertas no início deste ano.

  • A explicação está no fato de a posição ser de comandante júnior, que tem menos benefícios para solicitações de folga e para escolhas de destinos a serem voados, por exemplo.
  • Outra razão citada é a progressão de aeronave. Quem é comandante de determinado modelo demora mais para adquirir experiência em aviões diferentes do que os copilotos.

Por que importa: a escassez de comandantes pode gerar uma crise de pessoal no setor aéreo americano, que já sofre com falta de pilotos. No país, esses profissionais têm aposentadoria compulsória aos 65 anos.

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