Descrição de chapéu Congresso Nacional

Marco fiscal encaminha país para equilíbrio, mas 2024 não será fácil, diz Haddad

Ministro da Fazenda prevê dificuldades para próximo ano mesmo com aprovação do arcabouço fiscal

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Brasília e Joanesburgo | Reuters

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (23) que a aprovação do novo arcabouço fiscal pelo Congresso encaminha o país para um cenário de equilíbrio fiscal, ressaltando que o Orçamento de 2024 será apresentado com essa premissa e que "não será um ano fácil".

Falando em entrevista coletiva em Joanesburgo, onde acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do Brics, Haddad afirmou que o marco fiscal impõe uma estabilização da dívida pública do país em algum momento e enfatizou que o governo trabalha para que isso ocorra o quanto antes.

"Obviamente que (2024) não será um ano fácil para nós, é muito desafiador o que estamos nos colocando", disse.

Haddad dá entrevista coletiva em Joanesburgo
Haddad dá entrevista coletiva em Joanesburgo - Michele Spatari / AFP

Sem afirmar diretamente que o Orçamento de 2024 será apresentado com déficit zero, o ministro voltou a dizer que a peça será apresentada "com equilíbrio", destacando que atingir esse objetivo dependerá da aprovação pelo Congresso de medidas fiscais, como a que muda regras do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais).

Ele reiterou que o arcabouço, a reforma tributária e outras medidas de recuperação da base arrecadatória do governo restabelecerão as condições para um crescimento econômico sustentável.

Haddad disse que o Congresso tem autonomia para tomar decisões, mas argumentou que as medidas defendidas pelo governo, como as mudanças na taxação de fundos exclusivos e offshores, são justas.

Em relação à decisão da Câmara de retirar do arcabouço fiscal dispositivo que mudaria a forma de cálculo da inflação deste ano e permitiria um incremento de até 40 bilhões de reais em gastos em 2024, o ministro disse que o mecanismo ainda pode ser aprovado na Lei de Diretrizes Orçamentárias, que tramita no Legislativo.

Na entrevista, Haddad ainda afirmou que o governo está acompanhando a situação da China, ponderando que o tamanho do problema no país ainda não está claro.

Ele acrescentou que o governo brasileiro já encaminhou à Argentina proposta para uso de garantias em iuanes para exportações brasileiras, mecanismo que seria operacionalizado pelo Banco do Brasil.

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