Como empresas se adaptam a famílias com menos filhos, startup de capacitação em TI capta R$ 1,5 mi e o que importa no mercado

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São Paulo

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Brasil do filho único

Com cada vez menos filhos por família no Brasil, empresas de diferentes setores lançam novos produtos para se adaptar a essa nova realidade do país.

Em números: os dados do IBGE mostram a queda no número de novos nascimentos.

  • 5,7 era a taxa de filhos por mulher nos anos 1970;

Como os negócios acompanham a mudança:

  • Nos alimentos: as fabricantes estão produzindo quantidades menores, voltadas para o consumo individual em vez do "tamanho família". É o caso de embalagens de biscoitos e leite condensado.
  • Na moda: as coleções de roupa para bebês e crianças têm mais tamanhos, na esteira do hábito de consumo que a criança, sendo filho único, recebe mais presentes e troca de roupa com mais frequência.
  • Na construção civil: os apartamentos estão menores. Em 2004, os lançamentos de até 50 metros quadrados eram 12% em São Paulo, enquanto hoje eles representam 78% do total, segundo o Secovi-SP (sindicato das construtoras do estado de São Paulo).
  • No turismo: a indústria oferece mais pacotes em resorts, e o filtro "pet friendly" é um dos mais usados na hora de escolher o local, segundo a Decolar.

O interesse por ambientes que aceitam animais de estimação não é por acaso. Com menos filhos, as famílias têm cada vez mais pets, um setor que faturou R$60 bilhões no ano passado, alta de 16% sobre 2021, segundo o Instituto Pet Brasil.

Uma pesquisa conduzida pela Nestlé no Brasil no ano passado identificou que 55% das famílias possuem criança em casa, enquanto 77% delas têm pets.



O que explica: as mulheres adiam a chegada do primeiro filho em favor do desenvolvimento da carreira, mostra a repórter Daniele Madureira.

Os riscos envolvidos em uma gravidez após os 40, a falta de uma rede de apoio e os altos custos de se criar uma criança não as animam a seguirem tentando um irmãozinho para o primeiro filho, que se torna o único.


Startup da Semana: Prosper

O quadro traz às segundas o raio-x de uma startup que anunciou uma captação recentemente.

A startup: fundada em 2019, a edtech (startup de educação) tem uma plataforma com cursos para capacitação de profissionais de tecnologia.

Em números: a empresa anunciou um aporte de R$ 1,5 milhão.

Quem investiu: a rodada foi liderada por Din4mo Ventures, 2.5 Ventures e Gran Capital, fundos de investimento de impacto, e também teve participação de investidores-anjo.

Que problema resolve: a plataforma da Prosper é contratada pelas empresas tanto para capacitar e recrutar profissionais de TI (tecnologia da informação) em cursos de curta duração quanto para ensinar novas habilidades para quem já é um funcionário –o dinheiro do aporte será destinado para este último processo.

  • A empresa diz já ter formado mais de 1.700 pessoas e gerado mais de 450 contratações em 60 empresas desde sua fundação.

Por que é destaque: a edtech destaca os projetos de incentivo a grupos minoritários na carreira de TI que são feitos em parceria com empresas.

É o caso do Woman Can Code, programa de formação de mulheres na área de tecnologia que teve a participação de mais de 20 empresas e formou 300 profissionais. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que, de cada dez profissionais de tecnologia, apenas duas são mulheres.

Outros exemplos são o Programa Código sem Barreiras, feito com a Alelo para promover conhecimento prévio em programação para pessoas com deficiência ou neurodiversas, e o Tech Afro Pretas, curso de linguagem de programação em parceria com a Bees que foi destinado a mulheres pretas e pardas.


iPhone radioativo?

A Apple vai atualizar o sistema operacional do iPhone 12 no mundo todo depois que a França decretou a retirada do produto do mercado.

Entenda: a ANFR [a Anatel francesa] tirou o aparelho do mercado de forma temporária na terça (12) alegando um nível muito alto de emissão de ondas.

Ela disse que o iPhone 12, lançado em 2020, excede em 1,74 watts por quilograma (W/kg) o valor limite regulamentar correspondente à energia que o corpo humano pode absorver ao segurar o telefone na mão.

A Apple inicialmente questionou as conclusões e o protocolo de testes da agência, mas disse que lançará a atualização em todos os países em que opera.

E aqui? Na quinta (14), a Anatel afirmou que irá apurar se o nível de radiação emitida pelo modelo está de acordo com as normas brasileiras. A agência também irá contatar a homóloga francesa para ter mais detalhes e acionar a fiscalização.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), "atualmente não há evidências de que a exposição a campos eletromagnéticos de baixa intensidade seja perigosa para a saúde humana".

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